Paleontologia: USP expõe réplica de dinossauro de 12 metros

Iniciativa, da Oficina de Réplicas do Museu de Geociências do Instituto de Geociências

sex, 14/11/2003 - 15h53 | Do Portal do Governo

Uma réplica do esqueleto do dinossauro Allosaurus fragilis, com 12 metros de comprimento e três metros e meio de altura, está exposto no Instituto de Geociências (IG) da USP. A iniciativa, da Oficina de Réplicas do Museu de Geociências do Instituto, visa produzir, por meio de critérios científicos, réplicas de fósseis dos mais variados períodos geológicos em tamanho natural. A vegetação que caracterizava a época em que o animal viveu completa o cenário da exposição.

De acordo com paleontólogo Luiz Eduardo Anelli, professor do Instituto e um dos responsáveis pelo projeto, a espécie viveu há cerca de 140 a 147 milhões de anos. Ele explica que o animal se situa na metade da história dos dinossauros, período compreendido em torno de 160 milhões de anos.

Os trabalhos para construção do esqueleto duraram oito meses e foram executados pela Oficina Naval. É o segundo de uma série. Anelli conta que há outros dois exemplares. Um cumprirá um roteiro itinerante pelas universidades públicas paulistas e o outro poderá ser alugado.’ O professor lembra ainda que adquirir no exterior uma réplica, como a que está no IGc, não saí por menos de US$ 100 mil.

O paleontólogo conta que no dia 22 de novembro, sábado, às 10 horas da manhã haverá uma palestra sobre o dinossauro no Instituto, aberta a todos, e também o lançamento de dois livros infantis de sua autoria sobre temas paleontológicos.

Vida frágil

Outro pesquisador do IGc envolvido no projeto das réplicas, professor Thomas Rich Fairchild, ressalta que embora o Allosaurus tenha passado por um processo bem sucedido de adaptação ao meio em que viveu, a espécie habitou a Terra por cerca de cinco a dez milhões de anos. ‘O que é pouco tempo em relação à idade de nosso planeta, 4,5 a 5 bilhões de anos aproximadamente.’

Thomas frisa que, dentre as várias razões para o estudo de fósseis, está a importância de saber que ‘ mesmo bem sucedida na adaptação ao meio ambiente, qualquer espécie, de modo geral, possui vida muito frágil e devemos buscar meios de preservá-la.

De acordo com diretor do IGc, professor Wilson Teixeira, a Oficina de Réplicas conta com apoio do Instituto, do Fundo de Cultura e Extensão da USP e da Fundação Vitae. O Instituto recebe visitação pública. Está localizado na rua do Lago, 562, Cidade Universitária, Butantã, São Paulo. Mais informações (11) 3091-4274, ou 3091-4116, com Luiz Eduardo Anelli. O site da Oficina é www.igc.usp.br/replicas/abertura.htm.

Marcelo Gutierres – Agência USP