Padarias Artesanais conquistam o Pará

Lu Alckmin recebeu a vice-governadora paraense na sede do governo paulista.

ter, 29/11/2005 - 18h21 | Do Portal do Governo

Lu Alckmin, presidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp), recebeu em audiência, no Palácio dos Bandeirantes, a vice-governadora e secretária especial de Proteção Social do Pará, Valéria Pires Franco. A vice-governadora quer implantar o projeto Padarias Artesanais em seu estado.

Valéria pretende ampliar as oficinas de panificação do programa Presença Viva, que funcionam no interior do Pará e na Região Metropolitana de Belém. Essas oficinas já chegaram à cerca de 30 municípios e quatro escolas da Região Metropolitana de Belém, com o objetivo de assegurar uma alternativa de renda às famílias e melhorar a qualidade dos pães consumidos nas escolas e nas comunidades.

A partir da parceria com o programa do Fussesp, a meta é implantar Padarias Artesanais em todos os municípios do Pará, com prioridade àqueles que já tiveram pessoal qualificado. Durante os cursos também serão ensinadas noções de higiene e segurança no trabalho, receitas nutritivas e melhores hábitos alimentares.

Lu Alckmin colocou-se à disposição para ajudar no desenvolvimento do projeto paraense e propôs um intercâmbio para a formação de agentes multiplicadores na panificação artesanal. Assim, os técnicos do Pará viriam para São Paulo conhecer de perto o funcionamento do programa e os técnicos paulistas, por sua vez, iriam para Belém para treinar o pessoal de lá.

Sobre o Presença Viva

O programa Presença Viva age nas áreas da saúde, assistência social e política de geração de renda e emprego às famílias mais carentes do Estado do Pará.

Criado em 2003, já atingiu os municípios mais carentes e distantes da capital paraense, dando prioridade àqueles que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), beneficiando as populações rural, ribeirinha e as que vivem nos bolsões de pobreza de cidades maiores.

Padarias Artesanais

O projeto Padarias Artesanais nasceu como uma das principais iniciativas do Programa de Geração de Emprego e Renda do Fundo Social. Tem como objetivos principais a capacitação profissional, a melhoria na qualidade da alimentação e, especialmente, a geração de emprego e renda. A panificação artesanal consiste na elaboração de pães por processos caseiros, sem a utilização de equipamentos especiais ou conservantes.

Para a viabilização do projeto são capacitadas, em todo o Estado, pessoas indicadas pelos fundos municipais e entidades cadastradas. Posteriormente, são entregues os kits de Padaria Artesanal, compostos por um forno de inox, batedeira, liquidificador, balança, assadeiras de alumínio e um botijão de gás, doados pela iniciativa privada, ao custo unitário de R$ 800,00 a R$ 1.200, dependendo da fornecedora e da negociação do parceiro.

Na prática, cada entidade ou escola indica dois participantes que, após um dia de curso no Fundo Social, recebem um certificado da Secretaria da Agricultura e tornam-se multiplicadores nas suas comunidades, repassando as instruções recebidas. Ao todo, já foram capacitados mais de 13 mil agentes multiplicadores no Estado. Atualmente, há quase 7 mil padarias implantadas em todo o Estado e em 2.500 entidades sociais e associações de favelas da Capital, cadastradas no Fussesp. Também já estão capacitadas cerca de 4.000 escolas do Programa Escola da Família que permanecem abertas nos fins de semana com atividades culturais, esportivas, de lazer e profissionalizantes. “O objetivo é levar para as 5.600 escolas. Essas programações são fundamentais, pois levam os pais para dentro das escolas, o que evita a entrada de drogas e a violência”, destacou a presidente do Fundo Social.

Adriana Fares