A presidente do Fussesp, Lu Alckmin, disse que a idéia da instalação das padarias surgiu durante uma visita dela a uma comunidade na periferia da Capital.
Parceiros e presidentes de Fundos Municipais estiveram presentes na comemoração do segundo aniversário do Programa Padarias Artesanais do Fussesp.
Comemoração contou com a presença do Governador Geraldo Alckmin, de seus filhos e Dona Nha.
O Fussesp firmou também parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para oferecer um curso de formação de cooperativas e microempresas aos multiplicadores em todo o Estado.
O Programa de Padarias Artesanais do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp) está completando dois anos. Com quase 4 mil unidades, o programa ganhou de presente campanha publicitária que deverá ampliar parcerias com a sociedade civil possibilitando que as Padarias sejam implantadas em todas as escolas da rede pública estadual e em mais entidades assistenciais espalhadas pelo Estado. O aniversário do Programa foi comemorado nesta sexta-feira, dia 7, no Palácio dos Bandeirantes com as presenças do governador Geraldo Alckmin, da presidente do Fussesp, Lu Alckmin, secretários estaduais, empresários, presidentes de fundos Municipais e demais colaboradores.
A presidente do Fussesp contou que a idéia da instalação das padarias surgiu há três anos, durante uma visita dela a uma comunidade na periferia da Capital. Uma mulher disse que não tinha o que comer e nem dinheiro para comprar um pão. Lu Alckmin voltou para casa pensando no assunto e decidiu criar um kit, composto por um forno de inox, batedeira, liqüidificador, balança e assadeiras de alumínio. Ela lembrou que procurou a iniciativa privada para colocar em prática o programa. Os kits, no valor unitário de R$ 700,00, são doados pela iniciativa privada ao Fundo Social, que os repassa às entidades assistenciais cadastradas, fundos sociais de solidariedade municipais ou escolas, além de capacitar os multiplicadores.
O programa nasceu como uma das principais iniciativas do Plano de Geração de Emprego e Renda do Fussesp. Tem como objetivos principais a capacitação profissional, a melhoria na qualidade da alimentação e a geração de renda. A panificação artesanal consiste na elaboração de pães por processos caseiros, sem a utilização de equipamentos especiais ou conservantes.
Entre os beneficiados estão assentamentos, comunidades quilombolas e indígenas, unidades da Febem, penitenciárias, unidades do S.O.S. Bombeiros, conjuntos habitacionais da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), 636 fundos municipais, além de hospitais, creches e entidades assistenciais cadastradas na Capital pelo Fussesp. No Interior, são beneficiados os Fundos Municipais, que avaliam as condições e necessidades de cada entidade.
O programa também conta com a parceria da Secretarias de Estado da Agricultura e Abastecimento, que fornece técnicos para os cursos de capacitação, além de oferecer receitas testadas e aprovadas em cozinha experimental e técnicas de congelamento.
Campanha institucional deverá ampliar parcerias
De acordo com Lu Alckmin, a campanha institucional desenvolvida gratuitamente pela agência Lew Lara deverá auxiliar no aumento de parcerias com a iniciativa privada. “As pessoas querem ajudar, mas muitas vezes não sabem como”, disse. Foram desenvolvidos dois filmes, um de 30 segundos e outro de 60 segundos, que serão veiculados na televisão e no cinema.
“O Programa das Padarias Artesanais é um projeto de geração de renda muito bem-sucedido. As padarias estão proporcionando renda a muita gente. Vivemos num mundo onde a economia pode crescer e a oferta de emprego não. Precisamos ter, então, outras alternativas além do emprego formal para gerar renda, estimular o empreendedorismo e capacitar as pessoas”, afirmou o governador.
Em dois anos, o Programa de Padarias Artesanais implantou 3,75 mil unidades em todo o Estado, sendo cerca de 1,35 mil em entidades assistenciais da Capital cadastradas no Fussesp, 1,82 mil kits foram entregues aos fundos sociais de solidariedade do Interior do Estado e mais de 150 aos fundos municipais da Grande São Paulo, além dos 426 distribuídos às escolas estaduais do programa Escola da Família, que permanecem abertas nos fins de semana. Além disso, mais de sete mil pessoas foram capacitadas para atuarem como multiplicadores em suas comunidades, ensinando, além da fabricação de pães, noções de ética, cidadania, saúde e higiene.
A presidente do Fussesp também credita o sucesso do programa ao empenho e à participação das primeiras-damas dos municípios, às presidentes das entidades sociais e aos diversos parceiros do programa.
Somente este ano, foram realizadas 23 reuniões em diferentes regiões do Estado. Em cada visita estiveram presentes as presidentes dos Fundos Sociais de Solidariedade municipais, que fizeram relatos do funcionamento das padarias que receberam. Essas informações foram repassadas aos parceiros que possibilitaram o repasse dos kits.
Lu Alckmin destacou que nessas visitas ela recebeu diversas solicitações de presidentes de fundos Municipais de Solidariedade para a formação de cooperativas ou microempresas com as padarias. A presidente do Fussesp procurou o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que atendeu prontamente e vai oferecer cursos de formação de cooperativas e microempresas aos multiplicadores. É uma forma de ensinar a comercializar os pães produzidos.
Programa Padarias Artesanais está entrando na segunda fase
O programa de Padarias Artesanais está entrando agora na segunda fase e a meta é atingir todas as seis mil escolas da rede pública estadual, com o objetivo de aproximar a comunidade das escolas, evitando a violência e as drogas.
As Padarias já foram implantadas em 426 escolas estaduais. “Fizemos uma avaliação do programa em 220 escolas e descobrimos que cerca de 23 mil pessoas estão comendo os pães produzidos nas padarias instaladas nessas unidades”, enfatizou Lu Alckmin.
De acordo com a presidente do Fussesp, toda a população pode contribuir com kits de Padarias Artesanais implantadas. “Temos alguns casos de pessoas que se reúnem em grupos de seis ou sete pessoas e cada uma contribui com cerca de R$ 100,00”, contou. Ela enfatizou que o Fundo Social não recebe dinheiro pelo programa. “Há mais agilidade quando a empresa ou pessoa física compra o kit e entrega diretamente ao Fussesp”, explicou. Mais informações sobre o programa podem ser obtidas no Fussesp, pelo telefone (11) 3874-6766.
Cíntia Cury
