Oportunidade: Associação de costureiras gera emprego e renda em assentamento

Atualmente, as associadas atendem a uma indústria da capital, fornecendo mil peças a cada em 15 dias

qua, 14/04/2004 - 19h40 | Do Portal do Governo

Criada como alternativa de geração de renda no assentamento Reunidas, no município de Promissão, a Associação de Costureiras Flor de Maio já fornece peças para uma empresa da capital e não pára de ampliar a produção. Atualmente, a atividade permite a cada uma das nove associadas uma renda complementar de até R$ 400.

A idéia surgiu em 1999, nos encontros de um grupo de orações, quando as participantes começaram a discutir alternativas para a complementação de renda no assentamento. A criação da associação foi motivada pela presença de costureiras experientes no grupo.

Inicialmente, as mulheres construíram um pequeno salão com material doado pela prefeitura e compraram sete máquinas de costura. Em 2001 o salão precisou ser ampliado para comportar mais cinco novas máquinas.

Em 2002, a associação solicitou à Fundação Instituto de Terras (Itesp), entidade vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, apoio para a construção de um novo salão. Com material doado pelo Itesp e mão-de-obra especializada cedida pela prefeitura, foi construído o prédio novo, com 225 metros quadrados (o antigo tinha 70 metros quadrados).

Para ampliar a qualificação das mulheres, o Itesp ofereceu dois cursos no ano passado: Manutenção em Máquinas de Costura e Gerenciamento e Administração de Pequenos Negócios Coletivos.

Atualmente, as associadas atendem a uma indústria da capital, fornecendo mil peças a cada em 15 dias. Elas recebem o tecido cortado e devolvem as roupas prontas. Segundo Rosa Alda Lino, presidente da associação, existe mercado para a empresa continuar crescendo, mas, para isso, vai ser preciso ampliar ainda mais a capacidade de produção.

‘Nós queremos agora oferecer oportunidades aos jovens, para que eles não precisem procurar trabalho fora do assentamento. Esperamos adquirir mais dez máquinas de costura e, com isso, daremos trabalho a dez jovens’, explica Rosa.

Para o diretor-executivo do Itesp, Jonas Villas Bôas, a associação de costureiras é um exemplo de atividade não-agrícola que contribui para gerar emprego e renda nos assentamentos. ‘O Itesp incentiva essas alternativas, oferecendo cursos de capacitação de acordo com as necessidades das comunidades’, esclarece.

Helton Ribeiro da assessoria de imprensa da secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
C.A.