Oficinas de Capacitação de Multiplicadores do Fundo Social encerram atividades de 2003

Lu Alckmin assistiu à exposição de produtos fabricados a partir das oficinas, que, na maioria, já estão vendidos

qua, 10/12/2003 - 14h51 | Do Portal do Governo


As Oficinas de Capacitação de Agentes Multiplicadores estão encerrando as atividades do ano de 2003. Inseridas no Programa de Geração de Renda do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp), as oficinas são dirigidas a entidades e voluntários que possam levar as técnicas aprendidas às comunidades, com o objetivo de promover a geração de renda e melhoria da qualidade de vida.

Nesta quarta-feira, dia 10, a presidente do Fussesp, Lu Alckmin, participou da cerimônia de encerramento das atividades, que contou com a apresentação do coral do Projeto Guri que funciona na Casa da Solidariedade (programa do Fundo Social de Solidariedade voltado a crianças carentes da região Central da Capital), e exposição de objetos produzidos nas oficinas de capacitação.

De acordo com a coordenadora das oficinas de capacitação, Marilene Nogueira, os produtos expostos foram confeccionados pelos alunos dos multiplicadores capacitados pelo Fussesp. “A maior parte das peças que se pode ver aqui já está vendida. As pessoas estão conseguindo gerar renda com o que aprendem a partir de nossos cursos”, afirmou.

É o caso dos porta-retratos e cartões confeccionados por Marlene Nascimento. Ela fez o curso de reciclagem em papel do Fussesp para levar aos monitores dos cursos de capacitação oferecidos pelo Fundo Municipal de Solidariedade de Itapevi, na Grande São Paulo. “Eu passo o conhecimento para os monitores, que repassam à comunidade, e também vendo o que produzi”, conta.

Já a voluntária do Círculo Operário de Trabalhadores Cristãos da Vila Prudente, na Zona Leste da Capital, ainda está aprendendo as técnicas de patchwork no Fussesp, mas já está repassando os conhecimentos para um grupo de dez mulheres na entidade.

Os cursos de capacitação oferecidos pelo Fussesp estão ajudando a diminuir a violência entre os adolescentes no Jardim São Luís, Zona Sul da Capital. De acordo com Neusa Machado da Silva, que atua na entidade Esporte é Paz, as técnicas de estamparia, informática e reciclagem em papel aprendidas no Fussesp são levadas para os jovens da comunidade. “O trabalho do Instituto, junto com o Conselho de Segurança (Conseg) e o Centro Integrado de Cidadania (CIC), reduziu em 10% o índice de crimes cometidos por adolescentes no bairro”, conta.

Ao todo, são oferecidas 14 oficinas: panificação artesanal, informática, origami, reciclagem de papel, arte em sucata, bijuteria, bijuteria com sementes, patchwork, biscuit, decoração de embalagem para presente, tecelagem e estamparia, vela, pintura em seda e jardinagem.

Os cursos promovidos pelo Fundo Social de Solidariedade têm a duração de dois meses e contam com apoio de parceiros, como as Secretarias de Estado da Cultura e da Agricultura, Senac e Senai, além da atuação de voluntários. Cada grupo capacita, em média, 15 multiplicadores que levam as técnicas aprendidas às comunidades. Os cursos são realizados na sede do Fundo Social de Solidariedade, que fica no Parque da Água Branca, Zona Oeste da Capital.

A artista plástica Meg Ramos é voluntária nas oficinas de capacitação de multiplicadores. Ela oferece auxílio aos professores dos cursos de arte em papel e oficina de sucata. “Nos cursos, as pessoas descobrem que podem confeccionar e vender belos objetos de decoração com material que seria jogado no lixo, como papel e papelão”, afirma.

A professora de origami, Kimiko Yoshida, voluntária do Fussesp há sete anos, concorda com Meg. “Ensino a fazer cartões, marcadores de livros e caixas, por exemplo, utilizando material muito barato: papel, cola e tesoura. Como os objetos ficam bonitos, podem ser vendidos com boa margem de lucro”, diz.

Os cursos são tão interessantes que atraem até quem está lá para ensinar. É o caso de Renilda do Nascimento Nazareth. Voluntária há nove anos, ela ensinou pintura em seda para muita gente. Atualmente, está aprendendo informática e jardinagem.

Lu Alckmin credita o sucesso do trabalho às parcerias de empresas públicas e privadas, às entidades, Fundos Municipais de Solidariedade e voluntários. “Ninguém faz nada sozinho”, enfatiza.

Cíntia Cury