Obras no rio Tietê não serão paralisadas, afirma Alckmin

Governo vai recorrer da liminar que impede o depósito de resíduos do aprofundamento da calha na lagoa de Carapicuíba

qua, 04/06/2003 - 16h46 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin disse que vai evitar qualquer tentativa de paralisação das obras de aprofundamento do rio Tietê: uma liminar proibiu que os resíduos retirados da obra fossem depositados nas margens da lagoa de Carapicuíba. ‘Vamos recorrer, temos licença ambiental para isso e não vamos parar uma obra importantíssima para a capital paulista’, afirmou durante coletiva à imprensa nesta quarta-feira, dia 4, após entrega de obras no Incor.

Alckmin lembrou que o rio Tietê é o grande ralo, onde desembocam quase todos os rios da cidade, como o Tamanduateí, o Cabuçu, o Pinheiros e o Aricanduva. ‘Quando chove, ele recebe muita areia, muita sujeira, e é preciso estar limpando, para evitar que a cidade inteira fique alagada’. Mais do que manter o canal limpo, ‘estamos aprofundando a calha em 2,5 metros de profundidade’, acentuou.

O governador afirmou que, com apenas 28% da obra concluída – menos de um terço do rebaixamento – ‘o Tietê, ‘neste verão, não saiu da calha em nenhum instante, e, quando toda a obra estiver pronta, raramente a cidade vai ter problemas de inundação nas marginais’.

Outro aspecto ressaltado por Alckmin é a construção de hidrovia no trecho. ‘Estamos fazendo uma eclusa no Cebolão, o material assoreado vai sair por barcaças’. Haverá um jardim de 24 km nas duas margens do rio, do Cebolão até a barragem da Penha. ‘Não serão mais utilizadas essas margens para depositar aquelas montanhas de lama retiradas do rio’, concluiu.