Novo presidente da Cetesb anuncia Poupatempo Ambiental

Rubens Lara assume estatal defendendo a geração de riqueza e empregos sem agressão ao meio ambiente

sex, 17/01/2003 - 11h35 | Do Portal do Governo

O progresso industrial com geração de riqueza e empregos sem agressão aos recursos naturais do Estado foi o tema principal do discurso de posse de Rubens Lara, novo diretor-presidente da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Ele assumiu o cargo ontem (16) em solenidade na sede da empresa, no bairro de Pinheiros.

No auditório superlotado, estavam dezenas de autoridades, como José Goldemberg, secretário de Estado do Meio Ambiente, pasta à qual está vinculada a Cetesb; Arnaldo Madeira, secretário da Casa Civil; e o senador Romeu Tuma.

Lara anunciou que a Cetesb, considerada a quinta do mundo em sua atividade, vai centralizar o atendimento público num só local, “como se fosse um Poupatempo Ambiental”. O primeiro deles, previsto para ser inaugurado em 90 dias, será em Franca. Os outros ainda estão em estudos. Nesses locais, serão registrados licenciamentos ambientais, além de serviços solicitados à empresa.

O novo diretor-presidente esclareceu assunto polêmico na relação da Cetesb com indústrias que desejam se instalar em determinado local no Estado. “Muitas vezes, somos chamados de inflexíveis. Mas o que fazemos é cumprir normas ambientais. Pedimos aos empresários empreendedores, tão necessários ao desenvolvimento, que contratem assessorias técnicas de reconhecida competência para elaborar relatórios.” Ele referiu-se, entre outros, ao Rima (Relatório de Impacto Ambiental), estudo de viabilidade para que grandes projetos industriais não agridam o ambiente.

Outra meta da nova administração da Cetesb é gerar receitas e depender menos dos cofres públicos. O diretor sugere melhorias na infra-estrutura de alguns parques estaduais que hoje recebem poucos visitantes. “Adotando parcerias com a iniciativa privada, podemos oferecer ecoturismo em grandes áreas verdes do Estado obtendo lucro e emprego, sem agredir a natureza.” Lara revelou que a Secretaria de Estado do Meio Ambiente irá receber US$ 30 milhões do Banco Mundial para investir nessa atividade. “Mas como se trata de aporte internacional, pode demorar um ano ou mais. Enquanto isso, precisamos de soluções próprias em prazo menor.”

Otávio Nunes
Da Agência Imprensa Oficial

A.M.