Nossa Caixa: Instituição lucra R$ 205 milhões de janeiro a setembro de 2004

Pagamento de dividendos ao Governo do Estado foi de R$ 71 milhões

sex, 29/10/2004 - 16h36 | Do Portal do Governo

O Banco Nossa Caixa registrou um lucro líquido de R$ 205 milhões no período de janeiro a setembro de 2004. O resultado representa um retorno anualizado de 14% sobre o patrimônio líquido médio do período. O lucro é significativo diante dos gastos realizados com o Programa de Desligamento Voluntário (PDV) e da redução das receitas das operações com títulos, provocada pela queda das taxas de juros.

O PDV, realizado em maio deste ano, representou uma despesa de R$
127 milhões. Excluindo os custos do programa no resultado, o retorno sobre o PL (também em termos anualizados) ficaria em 23%, praticamente o mesmo nível registrado no ano passado. ‘A Nossa Caixa manteve um desempenho expressivo mesmo num contexto de ajuste interno via PDV e forte queda dos juros’, explica o presidente da Nossa Caixa, Carlos Eduardo Monteiro.

O avanço das operações de crédito contribuiu para compensar parte desses efeitos sazonais. Nos primeiros nove meses de 2004, a carteira de crédito apresentou um incremento de 20% em relação ao mesmo período de 2003, passando de R$ 3,445 bilhões para R$ 4,134 bilhões. Em linha com a estratégia de expansão das operações comerciais, as receitas de serviços cresceram 32,53%, (saltaram de R$ 233,371 milhões para R$ 309,275 milhões), e as receitas das operações de crédito aumentaram 11,74%. Esse desempenho pode ser explicado pelo aumento da base de clientes, significativamente no segmento pessoa física. A melhora da qualidade e aumento da carteira de crédito foi relevante, considerando principalmente que a inadimplência manteve-se estável.

O patrimônio líquido ajustado da Nossa Caixa cresceu 21,95% no acumulado de janeiro e setembro deste ano em relação a 2003, chegando a R$ 2,071 bilhões.

O banco encerrou o mês de setembro com ativos totais de R$ 29,562 bilhões, patamar bem acima do registrado no mesmo mês de 2003, R$ 24,088 bilhões (um aumento de 22,73%).

O lucro do período representou uma queda de 41,6% na comparação com o resultado do mesmo período de 2003. Esse comportamento é explicado pela redução nas taxas de juros, o que provocou uma diminuição da receita com títulos. No primeiro semestre de 2004 elas foram de R$ 2,146 bilhões, contra R$ 3,043 bilhões no mesmo período do ano passado (queda de 29,5%).

A Nossa Caixa vem implementando ao longo deste ano um amplo programa de modernização e ampliação da sua rede de auto-atendimento. Ele contempla um aumento expressivo no número de lojas, bem como a ampliação do horário de auto-atendimento para os clientes do banco. Em apenas dois meses, foram instalados equipamentos novos e outros foram substituídos por versões mais
modernas, perfazendo um número de 2 mil máquinas. Está em execução o projeto para chegar a todos os municípios paulistas, um total de 645, até o final do ano, via correspondentes bancários ou abertura de novas unidades de negócios. A intenção do banco é abrir 100 novas agências nos próximos dois anos.

Um dos destaques no período foi a retomada dos negócios internacionais no banco. A carteira de câmbio foi reforçada com o lançamento de um programa de emissões de títulos no valor de US$ 1 bilhão. Na primeira etapa, em janeiro, a captação no mercado externo foi de US$ 100 milhões. Com isso, as operações de financiamento à exportação e importação registraram um saldo de aproximadamente US$ 25 milhões, comparativamente a pouco mais de US$ 5 milhões no final do ano passado. A meta do banco é fechar o ano com uma carteira de comércio exterior próxima a US$ 40 milhões. Os recursos estão sendo direcionados a empresas de micro, pequeno e médio porte, principalmente no interior do Estado de São Paulo.

O banco transferiu ao Governo do Estado R$ 71 milhões a título de juros sobre o capital. A Nossa Caixa projeta para 2004 um crescimento de 20% na sua carteira de crédito, contemplando os segmentos de pessoas físicas e jurídicas. ‘A expansão da base de clientes, o aumento da oferta de produtos e a continuidade do processo de recuperação da atividade econômica devem assegurar o cumprimento dessa meta’, explica Carlos Eduardo Monteiro.

Da Assessoria de Imprensa do Banco Nossa Caixa

M.J.