A Nossa Caixa teve lucro de R$ 81,6 milhões no primeiro trimestre de 2004, um retorno anualizado de 16,97% sobre o patrimônio líquido ajustado. O resultado ficou acima da previsão orçamentária para o período e foi beneficiado pela expansão da carteira comercial. Nos três primeiros meses, as operações de crédito apresentaram um incremento de 11,44% em relação ao mesmo período do ano passado, passando de R$ 3,364 bilhões para R$ 3,749 bilhões.
Um dos destaques foi a carteira de câmbio, reforçada pela captação no mercado externo, realizada em janeiro deste ano, de US$ 100 milhões. As operações de financiamento à exportação e importação cresceram 195,1% nos meses de janeiro a março em comparação com os três primeiros meses do ano passado. Os recursos estão sendo direcionados a empresas de micro, pequeno e médio porte, principalmente no interior do Estado de São Paulo.
O banco transferiu ao Governo do Estado, dono de 99,99% da instituição, R$ 41 milhões a título de juros sobre o capital. O patrimônio líquido ajustado da Nossa Caixa cresceu 29,5% entre o primeiro trimestre de 2003 e 2004, chegando a R$ 1,924 bilhão. O banco encerrou o primeiro trimestre com ativos totais de R$ 27,184 bilhões, patamar semelhante ao de 2003, e que coloca a instituição em 9º lugar entre os maiores bancos do país. ‘Essa performance mostra que a Nossa Caixa oferece bons serviços a seus clientes e gera resultados importantes para o governo do Estado’, diz o diretor de Controladoria da instituição, Paulo Penachio.
O lucro líquido do primeiro trimestre representou uma queda de 32,89% em relação ao resultado do mesmo período de 2003, basicamente por conta da redução nas taxas de juros, que provocou uma diminuição da receita com títulos. Por outro lado, em linha com a estratégia de expansão das operações comerciais, as receitas de serviços cresceram 46,5%, para R$ 103,577 milhões, e as receitas das operações de crédito aumentaram em 12,96%, totalizando R$ 394,93 milhões.
Esse desempenho positivo pode ser explicado pelo aumento da base de clientes, principalmente no segmento pessoa física, e também pelo incremento na concessão de crédito no segmento de pessoas jurídicas. No trimestre, a abertura líquida de contas (número de contas abertas e encerradas) nos dois
segmentos superou 65 mil unidades.
As despesas de provisões ficaram em R$ 73,8 milhões, contra R$ 50,1 milhões no primeiro trimestre de 2003. Esse crescimento foi motivado pelo aumento da carteira de crédito. O aumento de provisão reflete uma atitude conservadora da instituição, já que a perda real efetiva da carteira é uma das mais baixas do mercado, de 0,5% ao mês. As despesas com pessoal também aumentaram, devido ao aumento da folha com o dissídio de setembro do ano passado, considerando que foi mantido o número de empregados.
A Nossa Caixa projeta para 2004 um crescimento de 20% na sua carteira de crédito, contemplando os segmentos de pessoas físicas e jurídicas. ‘A expansão da base de clientes, o aumento da oferta de produtos e a continuidade do processo de recuperação da atividade econômica devem assegurar o atingimento dessa meta’, disse o presidente da Nossa Caixa, Carlos Eduardo Monteiro.
