No ano em que completa o seu cinqüentenário, a Osesp faz uma grande turnê por 14 capitais brasileiras. Serão 15 apresentações por quase todas as regiões do País, durante os meses de outubro e novembro.
Desde sua fundação, em 1954, foram realizadas algumas turnês pelo interior do Estado de São Paulo e por outros Estados, entretanto, está é a primeira turnê nacional após a reestruturação da Osesp, ocorrida em 1997 com o ingresso de seu atual diretor artístico e regente titular maestro John Neschling.
Nestes últimos sete anos, a Osesp alcançou padrões de qualidade internacional, refletidos nas três turnês realizadas pela nova gestão. Em 2000, foram cinco cidades, em dois países; em 2002, vinte apresentações em 18 cidades dos EUA; no ano passado foram mais sete cidades na Alemanha e Suíça.
Para o maestro John Neschling, era imprescindível que o nosso país fosse reconhecido não só pelo futebol. Segundo ele, a criação artística do país deve ser respeitada e conhecida e para tanto, nada melhor do que uma orquestra de porte internacional. Veja algumas de suas palavras:
‘O Brasil sempre foi um país rico em compositores e nossa tradição musical remonta ao princípio do século XVIII. No entanto, essa realidade não se traduziu na existência e manutenção de orquestras sinfônicas de grande qualidade. Talvez seja essa uma das razões para que tantas obras do nosso repertório sinfônico tenham sido relegadas a um esquecimento quase criminoso. Orquestras foram fundadas e sobreviveram melhor ou pior, enquanto outras iam e vinham ao sabor das conjunturas e das vontades de dirigentes mais ou menos sensíveis a essa manifestação. A maioria reflete o heroísmo de seus componentes, que muitas vezes, em vez de receber, ‘pagam para tocar’. Nesse contexto, a Osesp comemora neste ano seu cinqüentenário. O fato em si já é louvável. Nem sempre foi fácil para a Orquestra sobreviver. A bem da verdade, esta orquestra esteve por muitos anos numa hibernação forçada e só no início da década de 70 é que passou a ter uma atividade regular. Graças ao maestro Eleazar de Carvalho conheceu anos de sucesso e repertório variado. A partir da metade dos anos 80 e nos anos 90 a Osesp foi mais uma vez se ‘desmilinguindo’ e quando ameaçava falecer definitivamente, houve a decisão generosa e inteligente do Governo do Estado e da Secretaria da Cultura de fazê-la renascer. Nos últimos sete anos, a Osesp firmou-se no cenário nacional e internacional de tal forma que é difícil acreditar que possamos mais uma vez derrapar para um abismo de incivilidade. Portanto, como amante inveterado desta Orquestra, da música brasileira e da Sala São Paulo, desejo à Osesp no mínimo mais 150 anos de vida saudável e profícua, para que possamos também em termos de boa música sinfônica nos aproximar da grandeza musical desse País.’
Confira o roteiro da turnê 2004:
BELO HORIZONTE
22 de outubro – sexta-feira 21h
Palácio das Artes
BRASÍLIA
23 de outubro – sábado 21h
Sala Villa-Lobos
GOIÂNIA
24 de outubro – domingo 17h
Teatro Rio Vermelho
MANAUS
27 de outubro – quarta-feira 21h
Teatro Amazonas
BELÉM
29 de outubro – sexta-feira 20h
Teatro da Paz
TERESINA
1º de novembro – segunda-feira 21h
Teatro 4 de Setembro
FORTALEZA
2 de novembro – terça-feira 20h
Teatro José de Alencar
NATAL
4 de novembro – quinta-feira 21h
Teatro Alberto Maranhão
JOÃO PESSOA
5 de novembro – sexta-feira 21h
Teatro Santa Rosa
RECIFE
6 de novembro – sábado 21h
Teatro de Santa Isabel
MACEIÓ
7 de novembro – domingo 19h
Teatro Deodoro
ARACAJU
8 de novembro – segunda-feira 21h
Teatro Tobias Barreto
SALVADOR
10 de novembro – quarta-feira 21h
Teatro Castro Alves
RIO DE JANEIRO
13 de novembro – sábado 21h
14 de novembro – domingo 17h
Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Da Assessoria de Imprensa da Osesp
(LRK)
