A partir de 2005, o Departamento de Música de Ribeirão Preto, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, irá oferecer um novo curso. Além da Licenciatura em Música e do Bacharelado em Instrumento (violino, violoncelo, piano e viola caipira), o aluno que for prestar a Fuvest deste ano também terá a opção de cursar o Bacharelado em Canto e Arte Lírica (Ópera) no interior.
Segundo o professor Rubens Ricciardi, coordenador da ECA em Ribeirão, o novo curso será contemplado por uma ‘situação diferenciada’, fruto da infra-estrutura que a cidade oferece para a prática e o estudo da ópera. ‘Juntamente com uma orquestra sinfônica, Ribeirão Preto possui um dos melhores teatros de ópera do País, o ‘Pedro II’, inaugurado em 1930. Dispondo de fosso para orquestra e de excelente espaço no palco para todo tipo de encenação, sua acústica é excepcional para o canto’, diz. ‘Por meio de parcerias, poderemos realizar um maior número de eventos práticos, o que certamente vai dinamizar o ensino de ópera na cidade.’
Além disso, explica Ricciardi, há uma grande demanda social para o ensino do canto, cujos estudos podem ser iniciados mais tardiamente, inclusive por adultos, fato que não se aplica a instrumentos como o violino ou o piano.
Docentes
‘Estamos em processo de contratação de um professor. Até agora, o tenor Fernando Portari e a soprano Rosana Lamosa, dois dos maiores cantores líricos brasileiros, aceitaram nosso convite e vão ministrar workshops regulares do curso de Canto a Arte Lírica’, informa Ricciardi.
O Departamento de Música de Ribeirão Preto foi criado em 2002. Desde então, diz Ricciardi, oferece um ensino amplo da música. ‘Acreditamos que o músico deve ter uma formação geral, incluindo-se as pesquisas científicas, as práticas interpretativas e o processo criativo.’
Com essa visão, o professor afirma que sua intenção é aumentar o número de cursos e habilitações no departamento. ‘A médio prazo, pretendemos contemplar todos os instrumentos da orquestra e também alguns instrumentos mais utilizados nas culturas populares brasileiras, além de ampliar as perspectivas nas áreas da musicologia e composição musical’.
Tadeu Breda –
