Mostra: Prorrogada exposição do fotógrafo sueco Claro Jansson

Exposição fica em cartaz até o dia 29 de fevereiro

seg, 12/01/2004 - 19h02 | Do Portal do Governo

Dia 29 de novembro de 2003 (sábado), o Museu da Imagem e do Som inaugurou o projeto ‘Claro Jansson’. O projeto é composto por uma exposição fotográfica que apresenta o acervo inédito do fotógrafo Claro G. Jansson, um dos pioneiros da fotografia documental no país e do lançamento do livro ‘Claro Jansson’. Completa o evento a apresentação de um vídeo documental, com duração de 28 minutos, linguagem digital, dirigido por Renato Dutra, roteiro utilizando informações obtidas nas cartas escritas por Jansson e depoimentos dos familiares e pessoas ligadas ao projeto.

A exposição, composta por cerca de 80 fotografias, que mostram um rico acervo com imagens de várias regiões do Brasil realizadas pelo fotógrafo sueco contará também, com uma réplica em escala natural do seu estúdio original em Itararé e de seus aparelhos de trabalho, fica em cartaz no MIS até dia 29 de fevereiro.

Claro Jansson fotografou a travessia a cavalo sobre o rio Chapecó, a construção das linhas férreas da Brazil Railway Company, o trabalho nas serrarias, e registros das principais capitais brasileiras e sul-americanas para onde ia com certa freqüência. Em seu estúdio, localizado na cidade de Três Barras, fotografou famílias de diversas colônias de imigrantes que se instalavam na região sul do Brasil. Mas sua obra-prima é, sem dúvida, a cobertura fotográfica da Guerra do Contestado que ocorreu entre os anos de 1912 e 1916 na região então disputada pelo Paraná e Santa Catarina.

A minuciosa documentação dos fatos valeu a Jansson em 1913, uma nomeação, pelo presidente Hermes da Fonseca, para o posto de Tenente do 1º esquadrão do 48º Regimento de Cavalaria da Guarda Nacional, comarca de União da Vitória, Paraná. Em outubro de 1930 tornou-se o primeiro fotógrafo a documentar as tropas revolucionárias comandadas por Getúlio Vargas que, vindas de Porto Alegre, se dirigiam para o Rio de Janeiro. As fotografias do sueco documentam cenas de uma época conturbada, traçando um panorama histórico e social.