Ministro da Justiça propõe a São Paulo força-tarefa para combate ao roubo de carga

R$ 34 milhões foram liberados para intensificação do policiamento em áreas críticas e R$ 1.080 para o Instituto de Criminalística e Instituto Médico

sex, 24/05/2002 - 20h08 | Do Portal do Governo


A participação do Estado de São Paulo numa força-tarefa contra o roubo de cargas foi apresentado nesta sexta-feira, dia 24, ao governador Geraldo Alckmin, pelo ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior. O plano prevê uma conjugação de esforços do governo federal com as polícias estaduais de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Durante o encontro, foi autorizada uma ordem de pagamento de R$ 34,8 milhões para o reforço da Segurança Pública em São Paulo, cumprindo um convênio assinado anteriormente. Os recursos serão utilizados para intensificação de policiamento em áreas críticas, com a aquisição de veículos, armamentos, equipamentos de proteção individual rádios, algemas e escudos, entre outros.

Um novo convênio assinado, liberou R$ 1,080 milhão – sendo R$ 900 mil do Governo Federal e R$ 180 mil do Estado, para o Instituto de Criminalística e o Instituto Médico Legal. O recurso é a primeira parte de um total de R$ 4 milhões reivindicados pelo Governo do Estado.

A liberação de recursos de R$ 30 milhões do Governo Federal, com uma contrapartida de R$ 10 milhões do Estado foi colocada na pauta da reunião, para aplicação na construção de Centro de Detenção Provisória, Penitenciárias Compactas e Alas de Progressão Penitenciária, resultando em 3.204 vagas a mais no sistema penitenciário.

Na próxima semana, disse Reale já começam os trabalhos para a formação de um comitê executivo para trabalho de levantamento de dados e informações: ‘Será um trabalho permanente de planejamento e de ação, com a participação da Polícia Federal e da `Polícia Rodoviária Federal’, destacou.

O governador Geraldo Alckmin disse à imprensa, após a reunião, que São Paulo ‘não vai retroceder um milímetro’ na sua determinação de ter absoluto controle das penitenciárias e de impedir a ação das organizações criminosas. ‘O governo chegou com sua ação de ontem à cúpula dessas organizações, já isolou todos eles, prendeu os que estavam aqui fora, estourou centrais telefônicas e vai continuar nessa guerra’, disse Alckmin.

O governador informou que até agora foram presos 411 sequestradores e 23 mortos em embates com a Polícia, lembrando que os índices de criminalidade estão em queda e que hoje há 86 mil policiais militares agindo em São Paulo. Quando Covas assumiu, esse número era de 72.900. Além disse, 12 mil veículos foram adquiridos ao longo desse período.

Alckmin destacou que desde a proclamação da Republica em 1889, até 1994, antes de Covas assumir, portanto em 105 anos, São Paulo tinha aberto 21 mil vagas no sistema penitenciário. ‘Nos já abrimos até agora, 40.800 vagas, e se cumprirmos o que está programado, chegaremos ao final do ano com 52 mil novas vagas’.