Metropolitanos: Operações para vedar faixa e fechar buracos nos muros continuam na CPTM

Em seis meses, a CPTM construiu 10,3 km lineares de muros

qua, 13/07/2005 - 13h58 | Do Portal do Governo

Essas intervenções representam 78% de um total de 13,1 km de muros estipulados em um programa de vedação de faixa ferroviária, iniciado em dezembro de 2004 e com término previsto para outubro deste ano. A operação tem como principais objetivos dificultar o acesso de pedestres ao longo da via férrea e coibir a evasão de renda.

As seis linhas do sistema foram contempladas por esse tipo de trabalho, que até o momento apresenta o seguinte balanço: Linha D (Luz-Rio Grande da Serra) – 2.521 m; Linha F (Brás-Calmon Viana) – 2.492 m; Linha A (Luz-Francisco Morato) – 2.467 m; Linha B (Julio Prestes-Itapevi) – 1.614 m; Linha E (Luz-Estudantes) – 783 m; Linha C (Osasco-Jurubatuba) – 430 m.

Somente na Linha F, nas proximidades de Itaquaquecetuba, a CPTM ergueu 1.365 m de muros e outros 760 m em Manoel Feio. Também receberam grandes extensões de segregação das vias trechos em Francisco Morato e Baltazar Fidélis, na Linha A, com cerca de 600 m de muros cada; Poá, na Linha E, com 571 m e Carapicuíba, na Linha B, com 550 m.

Em curso

Os serviços continuam em andamento em Franco da Rocha (360 m concluídos, de um total de 410 m), Perus (360 m concluídos, de 400 m estabelecidos) e Vila Clarice (160 m finalizados do conjunto de 560 m), na Linha A. Na Linha C, 430 m situados na região da Estação Ceasa foram vedados, de 590 m previstos.

Em outros pontos da rede, até outubro, ainda serão construídos 380 m de muros em Pirituba, 50 m em Jaraguá, 48 m em Caieiras e 300 m em Francisco Morato, na Linha A; 244 metros em Julio Prestes, na Linha B; 180 m em São Miguel e 56 m em Engenheiro Goulart, na Linha F; além de outros 22 m no Brás, na Linha E, e oito metros em Guapituba, na Linha D.

O gerenciamento das intervenções é feito pelo Departamento de Manutenção de Obras de Arte e Edificações, ligado à Gerência de Manutenção de Instalações Fixas da companhia. Realizam essa tarefa, em tempo integral, entre quatro e cinco de seus funcionários, mas para dar conta do recado por volta de 100 empregos diretos foram gerados.

Com recursos próprios e o emprego da mão-de-obra composta por trabalhadores do sistema prisional em regime semi-aberto da Funap (Fundação Estadual Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel), supervisionados pela companhia, a CPTM mantém ainda três programas de menor porte, para vedação de faixa patrimonial/operacional.

Um deles é o fechamento dos muros com envelopamento de mourões concretados (pirulitos de concreto, espécie de pilares dispostos lado a lado), técnica adotada nas linhas B e C. Em Presidente Altino, até agosto deste ano, deverão ser executados 257 m utilizando esse método. Entre junho de 2004 e maio desse ano, foram concluídos 1.214 m de muro com o envelopamento de pirulitos de concreto na Linha B. Além disso, estão previstos 1.020 m para Osasco, 1.126 m para Domingos de Moraes, 356 m para o Jardim Belval e 60 m para Imperatriz Leopoldina, todas na região da Linha B.

Outro trabalho interessante é o alteamento do muro na Rua William Spears, nos arredores da Estação Lapa, na Linha A, em mais um metro, passando de 2,3 m para 3,3 m. No local, também é feita a instalação de ‘espinhaço’ – proteção metálica em forma de lança – na extensão de 300 metros, com término previsto para ocorrer até o final do próximo mês. A iniciativa visa, principalmente, coibir a evasão de renda.

Buracos

Atualmente, a CPTM tem aproximadamente 75% de sua extensão murada, nos 270 km de linhas (540 km, considerando-se as duas vias), que cruzam 22 municípios da Grande São Paulo. Alguns desses trechos são lindeiros a córregos e rios, como na Marginal Pinheiros (Linha C) e, nesse caso, não há vedação.

A destruição dos muros é um problema sério que a empresa enfrenta diariamente. Com facilidade, são abertos buracos, mas o fechamento não é nada simples. Para começar, há necessidade de processo de licitação prévia que dura, pelo menos, uns dois meses.

Já para executar o serviço, uma operação complexa entra no circuito. Em geral, esse tipo de trabalho demanda esforços de uma equipe composta por 10 homens, metros de areia e pedra, sacos de cimento, barras de trilho – pesando mais de 300 quilos e aproximadamente quatro metros de comprimento cada -, caminhão e um equipamento chamado Atenaz, espécie de alicate que ‘morde’ o trilho no momento da movimentação.

Operacionalmente, o pessoal faz limpeza da área, preparando o terreno para a escavação das fundações, com 1,5 metro de profundidade. Depois, levanta-se no ‘braço’ barras, que precisam ser encaixadas e concretadas.

Além da mão-de-obra, agentes de segurança da empresa são enviados ao local da intervenção para proteger as equipes e os trabalhos realizados. Em algumas situações, é necessária até a presença da Polícia Militar, pois costuma haver resistência por parte da população em permitir que a ordem de serviço seja cumprida.

Os profissionais da CPTM, em geral, aguardam a secagem do concreto seque, evitando atos de vandalismo na massa ainda mole. Vale lembrar que esses agentes muitas vezes são obrigados a acompanhar o fechamento de buracos (reabertos poucos dias depois), ao invés de zelar pelo patrimônio dos usuários, trens e estações, prejudicando duas vezes o contribuinte, que paga o conserto.

Este ano, já foram fechados, com barras de trilhos, 15 buracos com dimensão de 1 m a 2 m de extensão. Somente nas linhas E e F, 12 aberturas tiveram que ser vedadas. Neste mês de julho, estão sendo reconstituídas outras cinco ao longo dos muros da ferrovia, no município de Poá, na Linha E.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Transportes Metropolitanos

J.C.