Metropolitanos: CPTM realiza mutirão contra dengue

Será nesta sexta-feira, dia 25

ter, 22/11/2005 - 19h46 | Do Portal do Governo

Na próxima sexta-feira, dia 25, funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) terão um atividade diferente na rotina de trabalho. Nesse dia, participarão do Mutirão contra a Dengue 2005, atuando em uma megaoperação de limpeza em suas 83 estações comerciais, pátios, oficinas e também no interior dos edifícios administrativos.

A “faxina” ocorrerá das 9h30 às 15h30, período no qual os profissionais da empresa, munidos de luvas e sacos de lixo, colocarão areia em pratos sob vasos de plantas, recolherão garrafas vazias, copos descartáveis, embalagens plásticas e quaisquer outros produtos que eventualmente possam provocar o acúmulo de água. Esse tipo de “ambiente” é ideal para o mosquito da dengue (Aedes aegypti), que se reproduz em espaços onde há o armazenamento de água, tanto em áreas sombrias como ensolaradas.

No caso das estações, essa ação também será promovida no entorno das unidades, atingindo um raio de 100 m de distância.

Conscientização

Para reforçar a conscientização em relação à causa, a CPTM distribuirá seis mil folhetos explicativos em todos os postos de trabalho da empresa, que servirão como “manual de limpeza” nesses ambientes e também para orientar as equipes sobre os procedimentos que devem ser seguidos em casa, por exemplo.

Em paralelo, em todas as estações da companhia vêm sendo transmitidos avisos aos usuários para que não joguem lixo nas plataformas e nas vias – muitas vezes, os passageiros atiram pelas janelas dos trens resíduos de alimentos, garrafas e embalagens, material que acaba se alojando ao longo dos trilhos. Nesses boletins, a empresa também informa quais os cuidados necessários para combater os focos da dengue.

Engajamento

A CPTM realiza esse tipo de campanha desde 1999, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde e o Centro de Controle de Zoonozes. Este ano, a ação ocorre no período de campanha temática da Secretaria de Estado da Saúde e da Superintendência de Controle de Endemias – SUCEN.

De acordo com Viviann Pinfari, da área de Saúde da CPTM, a prevenção e as medidas de combate são simples, mas exigem a participação e a mobilização de toda a comunidade. Por isso, a empresa se engaja nessa empreitada, disseminando a informação e motivando os funcionários a agirem contra a disseminação do mosquito.

No último sábado (19/11), data do chamado Dia “D” de combate à Dengue, houve a entrega de centenas de folhetos informativos nas Estações Brás e Barra Funda.

Esta semana, quem circula pela Estação Guaianazes, situada na Linha E (Luz-Estudantes), no horário das 9h30 às 15h, têm a oportunidade de tirar dúvidas sobre o assunto. No local, funcionários da Coordenadoria Regional de Saúde Zona Leste prestam esclarecimentos sobre a doença, a forma de transmissão e combate, utilizando amostras do Aedes aegypti em quatro estágios de formação: ovo, larva, pupa (anterior à eclosão das asas) e mosquito.

Trabalho freqüente

É preocupação constante na CPTM o combate ao lixo jogados em suas instalações. Todos os dias, o pessoal da limpeza retira grande quantidade de produtos e resíduos do interior dos trens, plataformas e outras áreas das estações. A mesma atenção é dedicada às vias – equipes das “Frentes de Trabalho” percorrem as áreas lindeiras à ferrovia, freqüentemente atingidas pelo lançamento de lixo e esgoto clandestino.

No caso específico do combate ao mosquito da dengue, o pessoal do Departamento de Higiene e Segurança do Trabalho da companhia mantém permanente contato com subprefeituras de áreas identificadas como locais de risco, para que as devidas providências sejam adotadas.

Saúde pública

A dengue é um dos principais problemas de saúde pública. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, anualmente, entre 50 a 100 milhões de pessoas sejam infectadas em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto o europeu – cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem.

No Brasil, as condições socioambientais favoráveis à expansão do Aedes aegypti possibilitaram a dispersão do vetor desde sua reintrodução em 1976 e o conseqüente avanço da doença.