Metrô: Obras da Estação Butantã avançam em ritmo acelerado

Próxima à Cidade Universitária, estação faz parte da Linha 4 - Amarela

seg, 21/02/2005 - 19h11 | Do Portal do Governo

Iniciadas em agosto de 2004, as obras da estação Butantã da Linha 4 – Amarela do Metrô avançam em ritmo acelerado, nas proximidades da Cidade Universitária. Por meio de estacas e concreto projetado, o Metrô está concluindo os serviços de contenção do terreno, o que possibilitou a escavação de uma vala de 14 metros de profundidade.

No penúltimo final de semana, foi realizada a primeira detonação subterrânea controlada no local. Nesta terça-feira, dia 22, será realizado mais uma,às 16h30.O objetivo é remover blocos de rochas encontrados durante a escavação desta vala, que em determinados pontos se encontra com 60% da obra já executada. No local serão implantadas, posteriormente, as salas técnicas e os acessos da estação Butantã para o futuro terminal de ônibus e para a avenida Vital Brasil.

Segurança da população

Para garantir a segurança da população que estará nas imediações durante a série de detonações que deverão ocorrer até que todo o bloco de rochas seja removido, o Metrô adotou uma série de providências, em conjunto com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e Polícia Militar. Na área, há distribuição de folhetos, faixas sobre o viário e um posto de informações (instalado no canteiro central da Av. Valdemar Ferreira,de acesso à USP, local de poço de serviço para a construção de futura saída de emergência e ventilação de túnel da linha 4).

O trânsito de veículos e pedestres será interrompido nas áreas próximas sempre que houver uma nova detonação, anunciada por meio de quatro toques de sirene. Para evitar o lançamento de pedras nas proximidades, o Metrô cobrirá o local das detonações. Após cada uma delas, será realizada uma medição das vibrações, o que permitirá aos técnicos avaliarem a dosagem de explosivos a serem detonados.

Entre as principais orientações dadas à população, o Metrô reforça que, após o primeiro toque da sirene, não se deve transitar nas áreas isoladas. Para os moradores das imediações, há a necessidade de manter janelas e portas de vidro abertas, para que o deslocamento de ar das detonações não cause eventuais quebras de vidraças nas residências.

Após a conclusão desta vala, o Metrô dará início à escavação de um poço de 32 metros de diâmetro e 25 metros de profundidade, por onde serão executados, pelo método New Austrian Tunneling Method – NATM, conhecido como ‘túnel de mineração’, os túneis das plataformas do corpo da estação.

A estação Butantã

Localizada na avenida Vital Brasil, esquina com as ruas Pirajussara, M.M.D.C, Camargo e Engenheiro Bianor, a estação Butantã, depois de concluída, contará com três acessos interligados. Dois deles estarão, um de cada lado, na av. Vital Brasil e serão dotados de escadas fixas e rolantes, além de elevador para usuários com necessidades especiais. O terceiro acesso será interligado ao futuro terminal de ônibus e contará somente com escadas fixas.

Além desses três acessos, o projeto da estação Butantã prevê duas bilheterias, 22 bloqueios de entrada, 13 escadas fixas na estação e 15 no terminal urbano, 10 escadas rolantes e quatro elevadores para portadores de necessidades especiais.

Transporte diário de 1 milhão de pessoas

Com 11 estações e 12,8 quilômetros de extensão, entre a estação Luz, na área central da cidade, e Vila Sônia (local do pátio de manutenção e estacionamento de trens), entre os bairros do Butantã e Morumbi, a linha 4 do Metrô irá transportar diariamente cerca de 1 milhão de pessoas. Totalmente subterrânea, a nova linha metroviária passará por importantes eixos viários da Capital, como as avenidas Francisco Morato (nas proximidades da Cidade Universitária da USP), Faria Lima, Rebouças, Paulista, Consolação, São Luís, Ipiranga e Casper Líbero.

A linha 4-Amarela já é considerada a mais importante de São Paulo pois estará interligada a toda rede de transporte metroferroviário, com conexão com inúmeras linhas intermunicipais de ônibus da região metropolitana. Na estação Luz, a linha 4 fará integração com a linha 1(Jabaquara-Tucuruvi). Na estação República, na praça da República, integração com a linha 3 (Corinthians/Itaquera-Barra Funda). Na estação Paulista, integração com a linha 2 (Vila Madalena-Ana Rosa, que está sendo ampliada até Ipiranga).Na estação Pinheiros, integração com a linha C da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que dá acesso à linha 5 (Capão Redondo -Largo Treze, em Santo Amaro). Na estação Butantã,integração com os ônibus que servem à Cidade Universitária da USP e linhas intermunicipais para a região Sudoeste da metrópole (Osasco, Taboão da Serra,Itapecerica da Serra, Cotia e Embu).

Além dessas cinco estações prioritárias, pelas integrações que realizarão(Luz, República, Paulista, Pinheiros e Butantã), a linha 4 contará com outras seis : Morumbi, Três Poderes, Faria Lima, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis.

‘A linha 4 é um empreendimento do governo do Estado de São Paulo com investimentos de R$ 3,1 bilhões, o que faz dela a principal obra urbana do País ‘, destaca o presidente do Metrô, Luiz Carlos David.

Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô – Departamento de Imprensa