‘As obras de expansão da Linha 2-Verde do Metrô se desenvolvem em ritmo acelerado na Vila Mariana, em direção ao bairro do Ipiranga. No início da manhã desta segunda, dia 7, as equipes de trabalho já contavam com 100 metros de túneis escavados’, destaca Luiz Carlos David, presidente da Companhia do Metrô.
As escavações, que acontecem a 20 metros de profundidade, a partir do poço Carlos Petit, na Vila Mariana, seguem discretamente (quase imperceptíveis para a maioria das milhares das pessoas que moram, trabalham ou simplesmente passam por esta importante e movimentada região) em direção à futura Estação Imigrantes, no bairro do Ipiranga.
Às 7h de hoje, o trecho Ana Rosa – Imigrantes já contava com um total de 100 metros de túneis escavados, sendo 56 metros na via 1 (sentido Vila Madalena), e 44 metros na via 2 (sentido Ipiranga). Cada túnel tem uma área de seção de 34,25 metros quadrados.
Vale lembrar que as escavações, iniciadas na segunda quinzena do mês passado, foram precedidas de um rigoroso trabalho de reforço da região da abóboda dos túneis, por meio de uma técnica conhecida como Coluna de Cimento Sob Pressão Horizontal (CCPH), que consiste na perfuração e injeção de calda de cimento.
Benefícios
A expectativa é de que o novo trecho, que vai ligar as estações Ana Rosa, na Vila Mariana, e Imigrantes, no bairro do Ipiranga, transporte 35 mil passageiros/dia.
O empreendimento será feito em duas etapas: a primeira envolve a construção de 2,9 quilômetros de vias e duas estações, Chácara Klabin e Imigrantes.
Nessa fase da obra, que vai gerar 2.400 novos empregos diretos e 5.000 indiretos, o Governo do Estado investirá R$ 462 milhões, dos quais R$ 111,1 milhões já estão assegurados para este ano. A conclusão desse trecho está prevista para 2006.
‘A obra é antiga reivindicação da população da região Sudeste da Capital e proporcionará aos quase 400 mil moradores do Ipiranga, e de bairros vizinhos, como as vilas Afonso Celso, Pedro II, Gumercindo e Jardim da Glória, uma alternativa de transporte de alta capacidade e confiabilidade’, destaca o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.
A segunda etapa do projeto prevê a execução de mais 2,2 quilômetros de vias e duas estações, Ipiranga e Sacomã, além de um pátio de manutenção e estacionamento de trens, na extremidade da linha.
Método Construtivo
Nesse primeiro trecho de obras, a interligação das estações Ana Rosa e Imigrantes será em subterrâneo, e o método construtivo utilizado é o New Austrian Tunniling Method (NATM), que consiste na escavação semi-mecanizada.
‘Optamos por esse método com o objetivo de diminuir os transtornos à população e minimizar o impacto ambiental na cidade’, acrescenta o presidente do Metrô, Luiz Carlos David.
Dos 2,9 quilômetros de vias da obra, um pequeno trecho de 278 metros, sobre a avenida Ricardo Jafet, junto à estação Imigrantes, será construído em elevado.
Nesse método, as escavações são feitas por etapas, de cima para baixo. Para a segurança e praticidade da obra, mantém-se uma parte da base do túnel, chamada de ‘peito’, que tem a função de segurar a parede de frente do túnel. Essa base é utilizada também como andaime para a movimentação de homens e máquinas na frente das escavações.
A cada avanço de 80 centímetros de escavação, coloca-se uma cambota metálica, que é incorporada ao maciço com a utilização da técnica conhecida como concreto projetado.
A terra escavada é transportada por máquinas, até as caçambas que ficam numa ‘vala’ situada na boca do poço Carlos Petit. Da vala, as caçambas cheias são retiradas verticalmente, por um pórtico (guindaste) até os caminhões, que se posicionam no canteiro central da rua Vergueiro.
Atualmente, a produção diária é de um metro de túnel por via. Juntas, as escavações dos dois túneis produzem cerca de 10 metros cúbicos de terra/dia, o correspondente a 10 caminhões de grande porte.
Do Departamento de Imprensa da Companhia do Metropolitano de São Paulo
