Metrô: Companhia abre envelopes da concorrência internacional para construção da linha 4

Aviso de Pauta - Terça-feira, dia 24, às 10 horas

ter, 24/06/2003 - 8h20 | Do Portal do Governo

A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), empresa subordinada à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, abre nesta terça-feira, 24, às 10h, concorrência internacional para definir as empresas ou consórcios de empresas que irão construir, a partir do segundo semestre deste ano, a linha 4 – Amarela do Metrô de São Paulo.

A nova linha do Metrô é considerada prioritária pelos especialistas em transportes urbanos. Com 12,8 quilômetros de extensão, integrará toda as linhas da rede metroviária e ligará os bairros do Butantã e Pinheiros, na zona Oeste, ao centro da cidade, no bairro da Luz.

A Secretaria dos Transportes Metropolitanos informa que estão participando do concorrência 13 consórcios de empresas brasileiras e estrangeiras: Consórcio Metrô SP Luz – Vila Sônia (Somague – EFACEC), Consórcio Metrobras (Wayss & Freitag – Schain – Constran – Cegelec), Consórcio OHL – Encalso – Isolux, Necso Entrecanales Cubiertas – Elecnor, Consórcio Via Amarela (CBPO – OAS – Alstom – Queiroz Galvão), Obayashi – Estacon – Sumitomo Consortium, Consórcio Camargo Corrêa – Andrade Gutierrez – Siemens, Dragados – Techint Consortium, Consórcio Ica – Serveng – MPE – EBE, Consórcio Hochtief – T’ Trans – Pem – Schneider Electric, Impregilo S.P.A., Consórcio Fiat Engineering – Ivaí – Comsa e Consortium Mendes – Construcap – Balfour Beatty.

Hoje, em sessão pública na Gerência de Contratações e Compras da Companhia do Metrô (rua Luís Coelho, 197–sobreloja – São Paulo – Capital), serão abertos os envelopes de preço e os envelopes de descontos, uma novidade. Nessa sessão serão conhecidas as três empresas ou os três consórcios que oferecem o menor preço para a construção de cada um dos três lotes da obra, que será a maior obra urbana do país neste início de século.

Luiz Carlos David, presidente do Metrô, destaca que apesar do conhecimento dos consócios de menor preço, os vencedores só poderão ser confirmados após um período de cerca de 90 dias, depois de análise detalhada de toda a proposta técnica apresentada junto com a proposta de preço.

A primeira etapa de implantação da linha 4-Amarela, já definida, terá início no segundo semestre deste ano. Serão 12,8 quilômetros de linhas e cinco estações (Butantã, Pinheiros, Paulista, República e Luz) e um pátio de manobras e estacionamento de trens na Vila Sônia.

Os investimentos para a execução desta etapa somarão US$ 934 milhões, cerca de R$ 2,8 bilhões de reais, valor equivalente a 187 mil carros populares. Esses recursos serão provenientes do Tesouro do Governo do Estado, do Banco Mundial – Bird e do Japan Bank for International Cooperation – JBIC.

A demanda prevista para esta etapa é de 890 mil passageiros/dia. A sua conclusão está prevista para 2006.

Na primeira etapa, a linha 4 estará interligada fisicamente com a linha C da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e, conseqüentemente, com a linha 5-Lilás, na estação Pinheiros; com a linha 2-Verde, na estação Paulista; com a linha 3-Vermelha, na estação República; e com a linha 1-Azul, na estação Luz do Metrô, e futuramente com as demais linhas da CPTM.

A etapa final da implantação será o prolongamento da linha até a estação terminal de Taboão da Serra. Vale lembrar que, no momento, o Metrô realiza reestudos de viabilidade técnica e financeira para a implantação da estação Três Poderes, da eliminação do Terminal Sul da estação Morumbi, e da construção da estação Vila Sônia para a segunda fase da obra.

Ação Social

Apesar do seu traçado coincidir com áreas densamente habitadas e cortados por viários de grande fluxo de veículos pesados, o avanço tecnológico do projeto da linha 4 proporcionará uma redução significativa de desapropriações, de impactos sócio-ambientais e, conseqüentemente, dos custos sociais.

A linha 4-Amarela promoverá, em toda a sua extensão, a desapropriação de 231 imóveis, uma média de 18 desapropriações/quilômetro. Uma redução considerável se compararmos com as outras linhas. A construção da linha 1-Azul demandou 78 desapropriações/quilômetros e a linha 3-Vermelha 135/quilômetros.

Visando facilitar a realocação dos desapropriados e a reinserção de empresas afetadas pela obra, o Metrô firmou, pela primeira vez, convênios com órgãos e instituições como o banco Nossa Caixa, Conselho Regional dos Corretores (Creci) e o Sebrae.

Dadas as suas características de obra subterrânea, a construção da linha 4 interferirá o mínimo no ambiente externo da área de implantação. O seu traçado passará sob viários de tráfego intenso como as avenidas Francisco Morato, rodovia Raposo Tavares, avenidas Corifeu de Azevedo Marques, Vital Brasil, Rebouças, rua da Consolação, avenida Ipiranga e outros importantes viários em direção ao bairro da Luz.

Departamento de Imprensa da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô

(AM)