O Projeto Guri foi implantado pelo Governo paulista em 1995, início da atual administração estadual, na Oficina Cultural Amácio Mazzaropi, que fica no bairro do Brás, região central da Capital. Naquela época, contava com apenas 180 participantes. No ano seguinte, o Guri chegou à unidade da Febem Tatuapé, na Zona Leste da Capital, e recebeu a adesão de mais 300 adolescentes.
Atualmente, o programa atende cerca de 10 mil crianças que vivem em regiões que vão desde a favelas e bairros pobres até regiões conflituosas, como a do Pontal do Paranapanema. Em seis anos de existência, cerca de 20 mil jovens passaram pelo programa. Atualmente, o Guri atende 10 mil jovens em 46 núcleos espalhados pelo Estado. A meta é chegar ao fim deste ano com 100 grupos do projeto.
Para a implantação de novos núcleos, a Secretaria da Cultura deve firmar parcerias com prefeituras ou entidades sociais, que ficarão responsáveis pelo espaço físico que será utilizado pelo projeto e também devem auxiliar na seleção dos jovens e administração do programa. O Governo do Estado disponibiliza os maestros, os professores e os instrumentos musicais.
‘Quanto mais Guris nós tivermos, mais adultos nós teremos, no futuro, que tiveram a oportunidade de ter uma formação melhor. Não só muitos deles poderão se transformar em profissionais da música, como todos serão amantes da boa música e terão incorporado valores que farão com que tenham uma vida melhor’, afirmou o secretário estadual da Cultura, Marcos Mendonça.
O Coral e a Orquestra Paulista do Guri compõem o aprendizado que, na maior parte das vezes, atinge crianças que nunca tiveram contato com instrumentos musicais. No ano 2000, o projeto Guri ganhou o Prêmio Multicultural Estadão, na categoria fomentador.
Cíntia Cury
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