Mercado de energia em São Paulo cresceu mais de 5% desde 2000

Afirmação foi feita pelo secretário de Energia e Recursos Hídricos, Mauro Arce durante Seminário de Novos Prefeitos e Vereadores

qui, 27/01/2005 - 22h10 | Do Portal do Governo

Durante o primeiro dia do Seminário de Novos Prefeitos e Vereadores promovido pela Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam – Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal, o secretário de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, Mauro Arce disse que o mercado de energia elétrica em São Paulo cresceu 5,6% pela primeira vez, desde 2000.

Ele lembrou que em 2001 houve o racionamento e uma crise econômica e ainda hoje a população guarda esse fato na memória, pois as residências estão consumindo menos 20% da energia que consumiam em 2000. ‘Apesar disso houve um aumento no consumo, puxado pela indústria que cresceu em 11%. Isso é positivo, pois é um dos parâmetros para se saber a curto prazo o comportamento da economia’.

Ele informou também que está havendo também um crescimento muito grande na questão do gás natural. ‘Em 1999, quando houve a primeira concessão, o gás natural participava com 1% da matriz energética de São Paulo. Hoje já atinge 6%, um crescimento muito acelerado’.

O secretário Arce disse que o Governo de São Paulo, está se empenhando para antecipar junto ao Governo Federal, da exploração da Bacia de Santos, ‘onde houve uma descoberta fantástica de uma reserva muito próximo ao nosso litoral”. Segundo ele, isso permitirá o custo mais baixo do que o gás que, atualmente vem em grande parte da Bolívia.

Na área de recursos hídricos, ele ressaltou que o Governo tem projetos que somam R$ 60 milhões para os municípios e lembrou os trabalhos realizados na Calha do rio Tietê, construção de 18 piscinões na Região Metropolitana de São Paulo, e grandes projetos como Tietê II, que tem mais de 300 mil ligações de esgoto, um numero maior do que a cidade de Curitiba. E ainda, do projeto de saneamento ambiental da baixada santista, que vai de Peruíbe a Bertioga com financiamento do banco japonês (JBIC).

Outro secretário que participou do seminário, realizado no Memorial da América Latina e aberto nesta quinta-feira, pelo governador Geraldo Alckmin, foi João Carlos de Souza Meirelles, secretário de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo.

Ele disse que o Estado não governa com ‘carteirinha política’. ‘O que interessa é uma sólida parceria do Governo paulista com os municípios’.

Um dos pontos abordados com maior ênfase pelo secretário, foi a necessidade da preparação de mão-de-obra técnica, seja na educação
básica, no curso médio, até o superior com as faculdades de tecnologia.

‘Há quatro anos, São Paulo, tinha 99 escolas técnicas e estamos começando esse ano com 110. Tínhamos também 9 faculdades de tecnologia, e hoje estamos com 20′.

Ele lembrou também que o Governo quer parcerias para uma educação voltada às demandas regionais e deu como exemplo a inauguração em Birigui de uma escola técnica voltada ao setor calçadista.
“São Paulo fechou o ano com 1,2 milhão de alunos nos cursos universitário convencional. Nas faculdades de tecnologia tínhamos apenas 25 mil. O País foi inundado por uma visão de bacharelismo quando na realidade, a grande necessidade é de gente técnica’.
Meirelles falou do esforço exportador do Governo paulista. ‘Em dois anos, aumentamos em 55% as exportações, num total de US$ 31 bilhões, mas não apenas de minério bruto ou grãos. US$ 26 bilhões foram de produtos acabados’.

Ele ressaltou ainda a questão da inovação tecnológica e dos parques tecnológicos. ‘Esse é o cardápio para o futuro, o desafio para que nossos filhos não precisem ir embora por falta de trabalho.’
Participaram também do evento que termina amanhã, os secretários Dario Rais Lopes, dos Transportes; Andrea Calabi, da Economia e Planejamento; Emanuel Fernandes, da Habitação; o vice-governador Cláudio Lembo e os novos prefeitos e vereadores.

Takao Miyagui/Carlos Prado