Por Kárin Fusaro, da Agência Fapesp
Entre 1880 e 1890, quem apostasse nas Loterias do Ipiranga tinha a chance de ficar rico e ainda contribuía para a construção de um monumento em homenagem à Independência da República. A obra ficaria sediada no mesmo lugar em que, no dia 7 de setembro de 1822, o imperador D. Pedro I deu o brado que libertaria o Brasil do domínio português.
Quando a construção ficou pronta, em 1893, o então presidente do Estado de São Paulo, Bernardino de Campos, determinou que o local abrigaria também o acervo do já existente Museu do Estado, o Museu Zoológico e a Casa do Grito. O nome do edifício passou de Monumento à Independência para Museu Paulista, hoje mais conhecido como Museu do Ipiranga.
O museu, que está completando 110 anos, tem aproximadamente dois mil metros de área expositiva. Das cerca de cem mil obras do acervo, 20% estão em exposição. “Com exceção das grandes peças – carros, esculturas e telas – o material é trocado freqüêntemente”, disse Raquel Glezer, diretora do museu e professora do Departamento de História da Universidade de São Paulo, à Agência FAPESP.
O Museu do Ipiranga é um dos mais populares da cidade. “Apesar do prédio ser imponente, o clima é despretensioso e atrai pessoas de todas as camadas sociais”, disse a diretora do museu. “Só não pode entrar descalço ou sem camiseta.”
De janeiro a agosto de 2003, o Museu do Ipiranga recebeu 200 mil visitantes e a previsão é que outras 100 mil pessoas passem por lá até o fim do ano. “Cerca de 14 mil pessoas vieram ao museu no dia 7 de setembro, o feriado da Independência”, disse Glezer.
Mais informações sobre o Museu Paulista, ou do Ipiranga, podem ser obtidas no site www.mp.usp.br ou pelo telefone (11) 6165-8000.
(LRK)
