Melhora a renda do produtor rural em São Paulo

Preços recebidos pelos produtos agrícolas superam em 15,71% os preços pagos

sex, 08/02/2002 - 15h04 | Do Portal do Governo

Melhorou a renda do produtor rural paulista, que em 2001 recebeu 15,71% mais do que pagou por insumos (adubo, defensivo, máquina, combustível e frete) necessários à atividade No ano anterior, esse índice de paridade tinha sido 22,43 pontos percentuais menor. Bons preços pagos pela safra de laranja (185% de aumento sobre a safra anterior) e soja (+10,3%) e boas cotações para carnes de suínos (+9,4%) e aves (+5,5%) foram a principal causa dessa melhora. Estes cálculos constam de estudo do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, divulgado hoje.

Há dois anos, o citricultor tinha de vender 177,6 caixas de laranja para poder comprar uma tonelada de adubo parta seus pomares. No ano passado, a laranja para indústria passou a valer bem mais e a tonelada do fertilizante pôde ser paga com a receita de menos da metade do volume: 64,4 caixas em dezembro último. No caso da soja, uma tonelada de adubo valia 28,9 sacos em 2000; em 2001, a troca caiu para 24,6 sacos. Os suinocultores entregavam um quilo de carne de porco para pagar 4,3 quilos de ração em 2000; no ano passado, com um quilo de carne de porco receberam 4,6 quilos de ração. Na avicultura, manteve-se a relação de troca: 1,9 quilo de ração por um de frango.

A situação piorou para quem produz algodão, arroz, café, feijão e milho, cujos preços caíram ou tiveram pequena evolução. Um quilo de adubo equivalia, no ano passado, a 52,7 arrobas de algodão (41,9 no ano anterior). Uma tonelada de adubo valia 27 sacos de arroz em 2001 (25,8 sacos em 2000) ou 7,3 sacas de café (4,1 sacas antes) ou 10 sacos de feijão (9,6 sacos antes) ou ainda 42,8 sacos de milho (37,1 sacos antes). Entre 2000 e 2001, o preço do milho caiu 32%, o do café, 29,6%. O arroz teve alta de 3,5%.

Cecilia Zioni