Meio Ambiente: Usina de Compostagem de Vila Leopoldina encerrará atividades em setembro

Compromisso da Prefeitura de São Paulo foi firmado em reunião com o secretário José Goldemberg

qui, 20/05/2004 - 11h05 | Do Portal do Governo

A Usina de Compostagem de Vila Leopoldina, localizada na Zona Oeste da Capital, que vem sendo motivo de reclamações por parte da população em virtude dos incômodos causados, será desativada até o próximo mês de setembro. O compromisso foi assumido pela Prefeitura de São Paulo, que deverá transformar o local em um parque.

O secretário estadual do Meio Ambiente, professor José Goldemberg, diante dessa proposta afirmou na última terça-feira que a CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – não mais procederá à interdição da usina. A afirmação foi feita logo após reunião com os secretários municipais de Serviços e Obras, e do Verde e Meio Ambiente, respectivamente Osvaldo Misso e Adriano Diogo, que reafirmaram o compromisso de desativar a usina.

A reunião contou, ainda, com a presença de Rubens Lara e Lineu Bassoi, respectivamente, presidente e diretor de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental da CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, João Fuzaro, diretor da CPRN – Coordenadoria de Licenciamento Ambiental e Proteção de Recursos Naturais, e Geraldo Rangel, promotor de Meio Ambiente da Capital, entre outros.

Goldemberg lembrou que, após receber, há cerca de um mês, uma proposta de interdição imediata da usina, encaminhada pelas áreas técnicas da CETESB, em função dos insolúveis problemas causados pelo odor emanado do lixo, iniciou negociações com os representantes da prefeitura, de quem recebeu o pedido de um prazo maior para a desativação da unidade.

O prazo inicial solicitado foi 2006, que o secretário considerou inaceitável. Posteriormente propuseram um prazo entre seis a dez meses, que ainda estava sendo analisado. “A prefeitura alegava problemas contratuais, que acarretariam um custo inviável se a usina fosse fechada imediatamente”, explicou, mas diante do novo cronograma de desativação apresentado, com o encerramento das atividades da usina em setembro e a transformação do local em parque, o secretário decidiu suspender a proposta de interdição.

A fundadora e presidente do Movimento Popular de Vila Leopoldina, Gláucia Mendonça Prata, uma das principais líderes dos movimentos comunitários contra a usina e que entre outras iniciativas encaminhou à CETESB, em abril do ano passado, um abaixo-assinado contendo mais de seis mil assinaturas, solicitando o fechamento da unidade, elogiou a ação da agência ambiental e o empenho pessoal do secretário do Meio Ambiente na busca de uma solução definitiva para o problema.

“O secretário José Goldemberg manteve uma posição firme e, com o devido apoio das áreas técnicas da CETESB, uma parceira do movimento, e a devida articulação junto à prefeitura, teve uma atuação decisiva para chegarmos a este resultado, que representa a vitória do consenso, com o entendimento, da parte de todos os envolvidos, de que não havia mais condições de a usina continuar funcionando, num local com adensamento urbano tão alto como a Vila Leopoldina”, disse.

A Usina de Compostagem de Vila Leopoldina, localizada na Avenida Embaixador Macedo Soares, 6.000, em uma área de 54 mil metros quadrados, iniciou suas atividades em 1974, para produzir 800 toneladas diárias de composto orgânico. Devido aos problemas de poluição, causados por odores e disposição inadequada do lixo proveniente de residências e feiras, foi objeto de mais de 550 reclamações da população vizinha e 25 autuações da CETESB.

Segundo os secretários municipais, com a desativação, os resíduos domésticos que estão sendo encaminhados para Vila Leopoldina serão enviados para o Aterro Bandeirantes, também administrado pela Prefeitura de São Paulo.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente

(LRK)