Meio Ambiente: Transporte rodoviário responde por 37% dos acidentes ambientais

Dado faz parte do Relatório de Atendimento que a Cetesb apresenta no próximo dia 15

ter, 09/08/2005 - 16h37 | Do Portal do Governo

O transporte rodoviário de produtos perigosos é responsável por 37% dos atendimentos de emergência realizados pela CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental no período de 1978 a 2004. Este é um dos dados constantes nos Relatórios de Atendimento a Acidentes Ambientais no Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e em Postos e Sistemas Retalhisas de Combustíveis, que a CETESB vai apresentar na próxima segunda-feira, dia 15 de agosto, às 9 horas, no auditório da Faculdade de Saúde Pública, da Universidade de São Paulo, na Avenida Dr. Arnaldo, 715.

Segundo o químico Edson Haddad, gerente da Divisão de Gerenciamento de Riscos, a CETESB atendeu nesse período a 5.884 ocorrências no Estado de São Paulo. A atividade de transporte rodoviário de produtos perigosos, com 2.177 acidentes, é a principal responsável pelas emergências químicas registradas. Os postos e sistemas retalhistas de combustíveis, com 588 casos, representam 10% do total de acidentes.

Além da apresentação dos relatórios, que trazem dados de 1983 a 2004 sobre emergências no setor de transporte e de 1984 a 2004 no de postos de combustíveis, será feita também uma exposição sobre ‘Acidentes Ambientais no Estado de São Paulo’ envolvendo, também, casos como vazamento de produtos químicos perigosos em indústrias, descartes irregulares de resíduos e outros. Ao final da reunião, serão distribuídos CDs contendo os dois relatórios técnicos.

Para Haddad, os acidentes ocorridos no transporte rodoviário de produtos perigosos têm sido motivo de grande preocupação por causa dos perigos intrínsecos a esses materiais, como inflamabilidade, toxicidade e corrosividade, entre outros, representando riscos à segurança e à saúde da população e ao meio ambiente.

Da mesma forma, os vazamentos em postos e sistemas retalhistas de
combustíveis também preocupam, pois ocorrem, na maioria dos casos, em áreas urbanas podendo gerar danos à saúde da população, além de sérios impactos ambientais, como a contaminação do solo e das águas subterrâneas, o que compromete a qualidade dos recursos hídricos e seu uso para o abastecimento público.

O objetivo da publicação dos relatórios, explica Haddad, é subsidiar os segmentos envolvidos com as duas atividades fornecendo informações para o gerenciamento adequado dos riscos, atuando com mais ênfase nos aspectos preventivos, para minimizar os impactos sobre a saúde e a segurança da população e sobre o meio ambiente.

CETESB – Assessoria de Imprensa

J.C.