Meio Ambiente: Simpósio discute reflorestamento e biodiversidade

nd

qui, 08/08/2002 - 17h04 | Do Portal do Governo

Reflorestamento contribui para preservação de florestas nativas

A Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo e o Governo japonês realizam, na próxima quarta-feira, dia 14, um balanço das atividades do setor de reflorestamento, que, por meio do plantio de árvores em grande escala, contribui para diminuir a pressão sobre as florestas nativas no país, promovendo a conservação da biodiversidade. Segundo pesquisas, em áreas de reflorestamento consegue-se produzir até 45 m3 de madeira por hectare, enquanto que na mata nativa a mesma colheita só é possível a cada trinta anos.

Essas questões serão discutidas no Simpósio Internacional ‘Reflorestamento & Desenvolvimento’, que será realizada no auditório da Escola Politécnica da USP. O evento será aberto, às 8h30, pelo cônsul-geral do Japão em São Paulo, Kiyotaka Akasaka, e pelo diretor da JICA – Japan International Cooperation Agency, Hyogen Komatsu, e encerrado pelo secretário do Meio Ambiente, José Goldemberg, e pelo reitor da USP, Adolpho José Melfi.

O objetivo do seminário, cujo tema será ‘O homem em harmonia com o meio ambiente’, é avaliar os avanços proporcionados pelo Projeto de Cooperação Técnica sobre Recuperação e Conservação Ambiental através do Manejo Florestal ou Reflorestamento, nos últimos 25 anos, com recursos do JICA, em parceria com o Instituto Florestal, órgão vinculado à Secretaria do Meio Ambiente.

Um levantamento do setor indica que um terço dos 300 milhões de m3 de madeira consumidos por ano, no Brasil, vem do reflorestamento, que ocupa 0,6% do território nacional ou menos de cinco milhões de hectares, mas gera, em contrapartida, 500 mil empregos diretos e indiretos. O setor florestal, ao todo, emprega dois milhões de pessoas e gera US$ 28 bilhões anuais.

Pioneirismo no reflorestamento

São Paulo, atualmente com 770 mil hectares de áreas reflorestadas, foi o Estado pioneiro em reflorestamento, que foi introduzido pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro para substituir a madeira nativa nas fornalhas das locomotivas. Apesar do pioneirismo, registrou uma queda de 20% nas plantações de pinus em um período em que o emprego dessa árvore para a fabricação de móveis para exportação aumentou dez vezes, como comprovam as receitas auferidas pelo setor, que passaram de US$ 40 milhões, em 1990, para US$ 500 milhões, em 2000.

Da Secretaria do Meio Ambiente