Meio Ambiente: Setor de Telemetria reduz custos no monitoramento da qualidade do ar

Novo sistema reduz interferência na transmissão de informações

seg, 21/06/2004 - 18h15 | Do Portal do Governo

Nos meses de verão, quando as tempestades são mais freqüentes e, com elas, a incidência de raios, é comum ocorrerem danos na rede telemétrica de monitoramento da qualidade do ar, mantida pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), em 30 pontos, sendo 23 na Região Metropolitana de São Paulo, dois em Cubatão e um em Campinas, Paulínia, Jaú, Sorocaba e São José
dos Campos.

Como a comunicação entre as estações e a central é feita por linha telefônica fixa comum, muitas vezes os equipamentos são afetados pelas descargas elétricas e a transmissão fica prejudicada. A solução seria o uso de linhas privadas (LP), viáveis somente quando existe um tráfego grande e contínuo de dados, pois o custo para sua matutenção é muito elevado, exigindo a conexão por meio de um modem que promove a comunicação.

Em 1996, quando houve a renovação dos equipamentos da rede, foram utilizados modems importados específicos, com custos elevados, pois se tratavam de produtos importados. E a cada vez que a linha sofria uma descarga elétrica, além da estação ficar sem comunicação com a central telemétrica, o modem danificado tinha que ser substituído.

Para superar essa situação, a equipe do Setor de Telemetria, com muita criatividade, começou a fazer algumas readaptações nos equipamentos, utilizando modems comuns, não tão específicos para a rede, mas que deram ótimos resultados, além de apresentarem economia significativa.

‘O custo do modem readaptado é cerca de 10% do preço do importado e, por meio de simulações, pude verificar uma economia de cerca de R$ 85 mil, para a Cetesb na troca desses modems’, explica Richard Toyota, o engenheiro eletrônico do setor.

Outra inovação na rede foi o uso do telefone celular para a transmissão dos dados das estações móveis. Antes do celular, para que uma estação móvel pudesse operar, era necessária uma linha telefônica fixa para a transmissão das informações. Quando o ponto indicado para a realização dos levantamentos sobre qualidade do ar não dispunha de serviço telefônico, um técnico tinha que ir até o local para buscar os dados diariamente.

O uso do celular reduziu a necessidade desses deslocamentos, proporcionando mais flexibilidade na determinação do ponto em que o equipamento móvel deve ser instalado e possibilitando a transmissão de dados horários, com a informação “on line”, como ocorre com uma estação medidora fixa.

O monitoramento da qualidade do ar efetuado por meio de unidades móveis em Americana e Jaú, em 2003, já contou com a transmissão de dados via celular, sem apresentar problemas técnicos na transmissão das informações, nem interferências ou danos provocados pelas tempestades de raios, já que esse tipo de equipamento não possui uma conexão física que possa ser danificada por uma descarga elétrica.

Outra simulação de custos feita pelo engenheiro Toyota mostra que se, no lugar dos modems comuns, tivessem sido utilizados aparelhos celulares, teriam sido economizados R$ 89 mil somente em equipamentos. A utilização de linhas fixas, além de não eliminar o problema das descargas atmosféricas, teria ainda o custo de sua manutenção.

Mais uma medida de economia que vem sendo estudada é a adaptação do sistema de interface celular na rede telemétrica. O recurso já foi implantado pela atual Diretoria de Gestão Corporativa da Cetesb na rede telefônica da empresa e diminui o preço das ligações móveis em 50%, pois desvia automaticamente as ligações do tronco de linhas fixas para um móvel, transformando a mesma ligação de celular para celular, que tem um custo mais reduzido.

‘Esse sistema funciona muito bem para vozes, mas a Cetesb está pesquisando um sistema de antena para melhorar o sinal e possibilitar a transmissão de dados’, explica Silvio Kunio Ogura, gerente da Divisão de Engenharia e Manutenção.

‘Com o uso do celular não ficamos vulneráveis aos problemas das linhas telefônicas que tiram as estações medidoras do ar prejudicando a divulgação dos índices de poluição atmosférica’, explica Maria Lúcia Guardani, gerente do Setor de Telemetria. ‘Com a divulgação dos dados ‘on line’ na internet, é preciso reduzir todas as possibilidades de interferência na transmissão das informações’, conclui.

Disque Meio Ambiente: 0800-113560
As ligações são gratuitas com atendimento direto ao público das 8 às 18 horas. Após este horário somente casos de emergência.

Da Assessoria de Imprensa da Cetesb/Renata Egydio/L.S.