Meio Ambiente: Seminário internacional discute propostas para gestão de parques

Administradores de áreas verdes do País e exterior relataram experiências

qui, 08/05/2003 - 11h21 | Do Portal do Governo

O Instituto Florestal, órgão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA), realizou nesta semana o 1º Seminário Internacional Construindo um Modelo de Co-gestão de Unidades de Conservação no Estado de São Paulo. O secretário do Meio Ambiente, José Goldemberg, afirmou que o objetivo do encontro foi colher sugestões e informações para a elaboração de um modelo de gerenciamento para os parques estaduais paulistas envolvendo o governo do Estado e entidades da sociedade civil.

O representante do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), Cláudio Vallares Pádua, destacou: “Não queremos privatizar os parques, mas trabalhar de forma legal e receber do Estado a incumbência de co-gerir as unidades de conservação”.

Maurício Mercadante, da Secretaria de Biodiversidade e Florestas, do Ministério do Meio Ambiente, enfatizou a necessidade de eliminar as barreiras a fim de que as idéias de co-gestão se realizem. Disse que, com essa medida, as áreas protegidas podem ser gerenciadas por entidades não-governamentais. “Esse assunto interessa à sociedade. Precisamos de grupos preparados e empolgados para a tarefa”, salientou.

Experiências anteriores

O seminário incluiu depoimentos de administradores de parques de todo o País, que fizeram relatos de suas experiências na prestação de serviços e atendimento ao público. Um dos expositores foi Júlio Gonchorosky, do Parque Nacional de Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Ele mostrou melhorias resultantes da terceirização dos serviços prestados ao público, por meio de concessões.

César Vitor do Espírito Santo, do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, situado entre o Norte de Minas Gerais e o Estado da Bahia, falou da captação de recursos e sua aplicação na melhoria das unidades de conservação. Na sua opinião é preciso que o parque tenha um plano de manejo e de ações emergenciais, “além de definir os critérios para a seleção dos parceiros interessados”.

Oscar Manuel Nuñez Saravia, da Defensores de La Naturaleza, da Guatemala, defendeu o modelo de co-gestão com governos e organizações sem fins lucrativos. “O sistema deve incorporar moradores nativos das 391 áreas protegidas existentes nos países da América Central.”

Paul Haertel, que há 40 anos administra o Arcadia National Park Maine, nos Estados Unidos, diz que a gestão compartilhada de parques exige leis claras, suporte governamental, projetos definidos e programas voluntários.

Da Agência Imprensa Oficial

(AM)