Meio Ambiente: Queniana receberá Prêmio Nobel da Paz

Ela trabalha com comunidades carentes estimulando o plantio de árvores

qua, 13/10/2004 - 17h10 | Do Portal do Governo

A ambientalista queniana, Wangari Maathai, foi escolhida para receber o Prêmio Nobel da Paz pelo trabalho com as comunidades carentes africanas, estimulando-as a plantar árvores e amenizar o processo de desmatamento. Esta é a primeira vez que uma mulher africana é agraciada com esse prêmio, cujo valor é de US$ 1,36 milhão, disputados por 194 candidatos.

Segundo a presidente do Comitê do Prêmio Nobel, Ole Danbolt Mjoes, Maathai é a ganhadora “por sua contribuição para o desenvolvimento sustentável, a democracia e a paz”. Acrescentou que a ambientalista vem desenvolvendo um grande trabalho para promover o desenvolvimento social, econômico e cultural, de forma ecologicamente sustentável, no Quênia e no resto do continente africano.

Maathai, nascida em 1940, fundou o Movimento Cinturão Verde, com sede no Quênia, reunindo principalmente mulheres que já promoveram o plantio de cerca de 30 milhões de árvores na África. A ambientalista salienta que a atividade impede a desertificação, preserva hábitats naturais e gera uma fonte de combustível, material de construção e alimentos para futuras gerações, o que ajuda no combate à pobreza.

Manifestando surpresa e contentamento pela premiação, disse que, ‘quando plantamos novas árvores, plantamos as sementes da paz’. Além de ser a primeira africana, Maathai é a 12ª mulher a receber o Nobel da Paz desde sua criação, em 1901.

Em 2003, também, o prêmio foi para uma mulher, Shirin Ebadi, advogada iraniana e ativista de defesa dos direitos humanos. O atual Comitê Nobel, nomeado pelo Parlamento norueguês no começo de 2003, é integrado por três mulheres e dois homens.

Da Secretaria estadual do Meio Ambiente
/L.S.