Meio Ambiente: Patrulhamento rural tranqüiliza comunidades residentes no campo

Programa de Patrulhamento Rural foi criado em maio deste ano

sex, 01/08/2003 - 16h48 | Do Portal do Governo

Um policial militar, ao ingressar na corporação, passa por treinamentos intensivos capacitando-se para os patrulhamentos ostensivos, preparados para enfrentar qualquer situação. Mas quando esse mesmo agente passa a fazer parte da Polícia Militar Ambiental, os casos de roubos,homicídios e tráfico de entorpecentes dão lugar aos de incêndios florestais, caça ilegal e tráfico da fauna silvestre.

Ao menos foi assim até maio deste ano, mês em que a Polícia Ambiental colocou em prática o Programa de Patrulhamento Rural, criado para enfrentar um problema até então sem solução: ‘A marginalidade migrando para o meio rural’, como relata o tenente Marcelo Robis, assessor de comunicação, baseando-se em estatísticas da própria corporação.

‘Além da atividade ambiental, os policiais estão sendo requalificados para atender as demandas voltadas à segurança no meio rural’, explica Robis. Essa iniciativa foi tomada para atender as expectativas das comunidades que residem no campo, que reclamavam maior presença do policiamento.

O comando da Polícia Ambiental promoveu o necessário treinamento dos
policiais, oferecendo cursos para o manuseio adequado de armas de grande impacto, como as pistolas ponto 40, aulas de legislação de segurança e técnicas de abordagem. Além disso, guarneceu a corporação com armamentos pesados e 80 veículos Land Rover, devidamente reformadas, em maio último. O material foi destinado aos batalhões das cidades de São Paulo, Birigüi, Guarujá e
São José do Rio Preto.

Estatísticas mostram a atuação da polícia do campo

Segundo Robis, comparando dados estatísticos das ocorrências policiais nos primeiros semestres de 2002 e de 2003, já é possível avaliar alguns resultados do Programa de Patrulhamento Rural. De janeiro a junho deste ano, 18.173 pessoas foram revistadas em todo o Estado pela Polícia Ambiental, 3.871 pessoas a mais que no ano passado. As fiscalizações de veículos e condutores também cresceram, assim como as operações de policiamento preventivo, que de 2.734 nos primeiros seis meses de 2002 chegaram a 4.607 no mesmo período deste ano.

As estatísticas de 2003 também registram dados novos, como o número de furtos, detenções por porte ilegal de armas, consumo ou tráfico de drogas e prisões de pessoas procuradas. ‘Hoje nada está escapando, nem mesmo auto de infração de trânsito’, comenta o tenente Robis.

O tipo de ocorrências, mesmo as de natureza ambiental, também mudou. É o caso da apreensão de 30 mil rótulos de vidros de palmito e milhares de vidros em uma empresa, em Campinas. Ações dessa natureza ocorriam na mata,levando à prisão dos criminosos próximos à palmeira derrubada ou em veículos transportando os palmitos ‘in natura’.

Prefeituras querem ser contempladas com Patrulhamento Rural

‘A Polícia Militar Ambiental de São Paulo tornou-se uma referência para as corporações de outros Estados e é intenção do Governo do Estado difundir o seu trabalho por todo o País, para que população rural possa conhecê-lo melhor’, afirma o tenente Robis lembrando que são cada vez mais freqüentes os casos de furto de gado e de implementos agrícolas.

O Programa de Patrulhamento Rural, apesar de recente, já começa a gerar demandas novas. Na mesa do tenente Robis havia cinco pedidos de prefeituras municipais que manifestavam o desejo de serem contempladas com essa modalidade de policiamento.

Segundo Robis, a Polícia Militar Ambiental conta, hoje, com um efetivo de 2.200 homens distribuídos em companhias por todo o Estado. Essas unidades integram os quatro batalhões localizados em São Paulo, Birigüi, Guarujá e São José do Rio Preto.

Osmar Soares – Secrtaria do Meio Ambiente
-L.S.-