Fechados ao tráfego e à visitação desde 1994, a Estrada Velha de Santos e os monumentos históricos ao longo do percurso serão recuperados para transformar a região em um centro de turismo. Idealizado pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), o projeto “Caminhos do Mar – Pólo Ecoturístico” vai devolver à população uma área rica em belezas naturais e que conta a história das expedições entre a Baixada Santista e o Planalto Paulista em seus monumentos.
Ainda sem data definida para inauguração, o projeto prevê investimentos da ordem de R$ 11 milhões – parte a ser captada junto à iniciativa privada com o auxílio da Lei Rouanet – para recuperar os monumentos históricos e para construção do Centro de Apoio aos Visitantes, que terá estacionamento, lanchonete, ambulatório sanitários, anfiteatro, sala de exposição e lojas. Essa infra-estrutura ficará concentrada no Planalto, em área que já sofreu intervenção humana. “Não vamos desmatar para instalar o centro”, explica uma das idealizadoras do projeto, Lúcia Regina Silveira, gerente do Departamento de Gestão Ambiental da Emae.
Instalado dentro do Parque Estadual da Serra do Mar – área de preservação ambiental tombada pela Unesco, o Caminhos do Mar terá visitação controlada. O projeto prevê dois portais – um no Planalto e outro na Baixada Santista – para controlar o acesso. “A região da Estrada Velha é um local privilegiado com vocação para o ecoturismo. Nossa idéia é promover turismo de preservação, com visitas monitoradas para pequenos grupos”, esclarece, informando que a estrada não será aberta ao trafego regular.
Parceria
O primeiro passo para tornar o projeto realidade foi dado em janeiro. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente, por meio do Instituto Florestal e a Secretaria Estadual de Energia, por intermédio da Emae, assinaram um termo de cooperação técnica para implantação do empreendimento Caminhos do Mar – Pólo Ecoturístico, localizada nos municípios de São Bernardo do Campo e Cubatão.
Outras três secretarias de Estado participarão do empreendimento no futuro: a da Cultura, por causa dos monumentos e da importância histórica e cultural da região; a de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, por conta do tipo de atividade a que se destina o projeto; e a de Transportes, que, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem S.A. (Dersa), associou-se à iniciativa para recuperar a estrada.
Ao longo dos últimos anos, o Dersa vem fazendo manutenção da rodovia e recuperando encostas. “Agora faltam só as duas pontes para serem reconstruídas”, conta a gerente de Gestão Ambiental da Emae.
“A idéia de transformar aquela região em um pólo de turismo surgiu em 1998, com a criação da Emae, com a finalidade de preservar e de dar visibilidade àquele trecho de Mata Atlântica”, conta ela. A empresa tem responsabilidade com a área por causa de suas estruturas instaladas no Parque Estadual da Serra do Mar – herança da Light e Eletropaulo. “Como a área de meio ambiente da Emae é pequena, procuramos parceiros para nos ajudar a gerir o projeto.”
Além da cooperação mútua das cinco secretarias e da parceria com o Instituto Florestal, que vai direcionar todas as outras atividades a serem desenvolvidas na região, a Emae tem apoio da Fundação do Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo e da ONG Vitae Cívilis – Instituto para o Desenvolvimento do Meio Ambiente e Paz.
Sirlaine Aiala – Da Agência Imprensa Oficial
(AM)
