Meio ambiente: Nova estação ecológica vai proteger o mico-leão-preto

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qua, 31/07/2002 - 20h29 | Do Portal do Governo

A Estação Ecológica do Mico-Leão-Preto, no Pontal do Paranapanema, com uma área de 5.500 hectares, uma iniciativa do Governo Federal, é a mais nova unidade de conservação da espécie.

A finalidade da nova estação ecológica é de proteger e conservar fragmentos de remanescentes de Mata Atlântica, mantendo o habitat do mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus), que figura entre as dez espécies de primatas mais ameaçadas em todo o mundo. A região constitui um dos últimos refúgios de outras espécies também ameaçadas de extinção, como a onça-pintada (Panthera onca), a jaguatirica (Felis pardalis), a lontra (Lutra longicaudis) e o macuco (Tinamus solitarius).

De acordo com a Secretaria estadual do Meio Ambiente, a medida complementa a ação que o Governo do Estado desenvolve na região, onde mantém, há 61 anos, o Parque Estadual do Morro do Diabo. Com uma área de 33.853 hectares, essa unidade de conservação se caracteriza por uma elevação de 600 metros, que constitui um testemunho geológico do planalto ocidental, guardando ainda o que restou da vegetação que recobria o Oeste paulista, inclusive a maior reserva natural de peroba-rosa do Estado, que abriga a última grande concentração de mico-leão-preto.

O Governo do Estado mantém, ainda, a Estação Ecológica dos Caetetus que, com seus 2.178 hectares no Município de Gália, reúne ecossistemas característicos de Mata Atlântica alta de planalto, onde se mantêm a salvo, em uma paisagem rodeada por cafezais, mais de 108 espécies distintas de aves em extinção e outras dezenas de animais, como o porco do mato ou cateto, que dá o nome à reserva, jaguatiricas, queixadas, veados e mico-leão-preto que ali se multiplicam.

Criada há 26 anos, para salvaguardar uma floresta milenar, a estação ecológica, assim como o Parque do Morro do Diabo, possui infra-estrutura para atividades de pesquisa, educação ambiental e trilhas interpretativas monitoradas para ecoturismo.

Os remanescentes de mata da região são mantidos sob constante monitoramento pela Secretaria do Meio Ambiente, para evitar ocupações que possam ameaçar os ecossistemas existentes, bem como a caça ou captura dessas espécies para revenda.

Da Secretaria do Meio Ambiente