Meio Ambiente: Jardins do Projeto Pomar vão ocupar as margens do Rio Tietê

Secretaria também concretiza parceria para revitalizar o Parque Villa-Lobos

sex, 06/02/2004 - 12h07 | Do Portal do Governo

Em visita à sede do Projeto Pomar, nesta quinta-feira, dia 5, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou que o Projeto Pomar também começará a ser implantado no Rio Tietê, com o início de um projeto-piloto no prazo máximo de 40 dias. O governador estava acompanhado dos secretários estaduais de Meio Ambiente, José Goldemberg e Mauro Arce, da Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, além do presidente da Cetesb, Rubens Lara e representantes das empresas parceiras do programa que já recuperou a maior parte das margens do rio Pinheiros.

Segundo o anúncio, o projeto de recuperação ambiental e paisagística inicialmente incluirá quase 25 quilômetros das margens do Tietê, entre o Cebolão e a barragem da Penha. Alckmin disse que a implantação do projeto no Tietê está sendo possível graças ao rebaixamento da calha do rio e de sua utilização como hidrovia, viabilizada com a recente inauguração de uma eclusa na altura do Cebolão, o que permite transportar o material retirado pelo próprio leito do rio. A expectativa do governador é que o bem-sucedido sistema de parcerias com a iniciativa privada e empresas públicas para o plantio e manutenção dos jardins no Rio Pinheiros se mantenha no trabalho de revitalização das margens do Rio Tietê.

Recuperação do Parque Villa-Lobos e de matas ciliares degradadas

A visita ao Projeto Pomar serviu também para que fosse oficializada a autorização para a utilização dos recursos cedidos pelo Banco Mundial, da ordem de U$ 7,7 milhões, para a realização de estudos contemplando a recuperação das matas ciliares no Estado de São Paulo e para o anúncio da parceria com a Comgás para a revitalização do Parque Villa-Lobos, cuja administração passou recentemente para a Secretaria do Meio Ambiente.

Goldemberg explicou que os recursos obtidos pela com a Comgás serão aplicados na completa recuperação das áreas verdes do Parque Villa-Lobos, incluindo seu melhor aparelhamento. Ele afirmou também que outros parques pertencentes ao Estado e localizados na Capital, como o do Jaraguá e o Ecológico do Tietê, deverão ser recuperados.

Com relação aos estudos de recuperação das matas ciliares, o secretário informou que a maior parte das margens de cursos d’água no estado está degradada, calculando em um milhão de hectares a área a ser protegida de um total de quase duzentos mil quilômetros de extensão correspondentes. “Daí a importância da doação dos recursos liberados pelo Banco Mundial, por meio do GEF – Global Environmental Facility, que vão alavancar os estudos já iniciados pela Secretaria”, afirmou Goldemberg.

A expectativa do secretário do Meio Ambiente é que a tramitação para a aprovação e liberação dos recursos esteja concluída até o final de maio próximo.

Visita à sede do Pomar

O governador Alckmin e todas as autoridades presentes na visita à sede do Projeto Pomar, às margens do Rio Pinheiros, assim como os representantes das empresas parceiras no Pomar, foram recebidos pelos coordenadores do projeto e pelos trabalhadores contratados através das Frentes de Trabalho, programa social do governo estadual.

Juntos, eles caminharam pelas várias unidades instaladas na sede do projeto, tendo a oportunidade de apreciar uma exposição fotográfica sobre o Pomar e visitar o viveiro de mudas – que atualmente contém cerca de 9 mil unidades, reunindo espécies variadas de orquídeas, bromélias, árvores, arbustos e forrações. Visitaram também a estação-piloto de tratamento por flotação das águas do Rio Pinheiros, onde puderam ter uma visão geral do sistema de despoluição do Rio Pinheiros, por meio de uma grande maquete que fica à disposição do público visitante.

Além do Jornal da Tarde, que iniciou o Projeto Pomar junto com a Secretaria do Meio Ambiente em 1999, são parceiros do programa que está recuperando as margens do Rio Pinheiros, a Cavo, Cetesb, Cosipa, CPTM, Credicard, CTEEP, Deutsche Bank, Eletropaulo, Emae, Johnson & Johnson, Manah, Microsoft, Natura, Organizações Globo, Suzano Papel e Celulose, e Unip.

Mário Senaga, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente

(LRK)