O Instituto Florestal realiza nesta quarta-feira, dia 1º de outubro, das 9 às 17h30, um encontro para discutir estudos relativos à Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, com a participação de representantes dos diversos setores da sociedade.
O objetivo do evento é de estabelecer uma base de dados para subsidiar a tomada de decisões socioambientais para orientar a avaliação dessa área que a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) declarou, em 1994, como parte integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
A reunião, denominada I Workshop de Usuários da Avaliação Sub-Global da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, é decorrência do I Workshop Científico da Avaliação Sub-Global, realizado no dia 19 de agosto, com a finalidade de proceder a uma avaliação dos ecossistemas e a sua relação com o bem-estar da população e com os processos de tomada de decisão no âmbito desse espaço protegido.
Programa:
8h30 – Recepção e inscrição dos participantes
9:00 – Abertura com Maria Cecília Wey de Brito – Diretora Geral do Instituto Florestal e Celso Salatino Schenkel – Coordenador de Ciências e Meio Ambiente da Unesco-Brasil
Apresentação dos participantes
9h40 – Apresentação da Avaliação Ecossistêmica do Milênio (AM)
com o professor Dr.Fernando Almeida – Presidente Executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e Membro do Conselho Internacional da Avaliação Ecossistêmica do Milêneo.
10h30 – Intervalo para café
11:45 – Perguntas e debates sobre a AM
11:00 – Apresentação da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (RBCV) e da proposta da Avaliação Sub-Global (ASG) com Rodrigo Antonio Braga Moraes Victor – Coordenador da RBCV
11h40 – Perguntas e debates sobre ASG
12 horas – 1º grupo: Exibição de vídeo sobre AM (das 12 às 12h30) e almoço oferecido pelos organizadores
2º grupo: Almoço oferecido pelos organizadores e exibição de vídeo sobre AM (das 12 às 13h30)
13h30 – Apresentação da dinâmica dos trabalhos da tarde
14:00h – Trabalho em grupos
16h00 – Relatos das discussões dos grupos e debates gerais
17h30 – Encerramento
O evento tem o apoio da UNESCO / CEBDS, Secretaria do Meio Ambiente do Estado (SMA), Fundação Florestal e Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.
A Reserva da Biosfera
A figura das reservas da biosfera surgiu em 1976, no âmbito do programa “O Homem e a Biosfera” da UNESCO, para estimular as relações de sustentabilidade entre os ecossistemas em todo o mundo e as populações e comunidades. Dessa maneira, a UNESCO declarou, em 1994, a área que envolve as regiões metropolitanas de São Paulo e da Baixada Santista como Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, integrando a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
Formada por florestas, manguezais, cerrado, corpos d´água, áreas cultivadas e pequenas áreas urbanas, entre várias outras coberturas e usos, essa Reserva da Biosfera abriga áreas de grande expressão ecológica no Estado de São Paulo, possuindo ainda uma característica comum: grande relação de troca com as citadas metrópoles. Por um lado, são fontes de inúmeros serviços ambientais relevantes para a vida metropolitana. Por outro, são áreas que recebem a influência de vários vetores de alteração ambiental originados pelos processos urbanos.
O estudo e a intervenção nesse espaço são objeto da gestão Reserva da Biosfera, tendo sido o principal fator motivador de sua declaração. Hoje, a aplicação do conceito de reservas da biosfera em áreas urbanas e periurbanas constitui matéria de especial atenção no âmbito do programa “O Homem e a Biosfera”. A crescente importância da temática tem como pano de fundo o fato de que a população mundial concentra-se cada vez mais nas áreas urbanas, inchando-as além da capacidade de sustentação dos ambientes onde estão assentadas.
As discussões em favor das cidades sustentáveis, que começam a ganhar espaço em todos os países, não têm tratado com a devida profundidade os mecanismos de sustentação das grandes urbes. Em parte por dissociarem das zonas urbanas suas dimensões periurbanas e rurais, importantes detentoras dos serviços ambientais utilizados por essas megapopulações.
Nesse contexto, o papel da gestão da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo e das avaliações decorrentes constituem um instrumental importante para estabelecer diretrizes para uma relação harmônica com as metrópoles e seu entorno.
Para visualizar a delimitação geográfica da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, consulte o site www.iflorestsp.br/rbcv/index.html
Da Assessoria de Imprensa do Meio Ambiente
C.C.
