A pureza e a simplicidade das flores rosas e brancas das cerejeiras constituem o símbolo nacional do Japão, ilustrando cartões postais conhecidos em todo o mundo. Um pouco da beleza dos “sakurás”, como a flor é conhecida nesse país, poderá ser admirado no período de 9 a 17 de julho, das 9 às 16 horas, durante o “Festival das Cerejeiras” no Parque Estadual Alberto Löfgren, antigo Horto Florestal, na Rua do Horto, 931, na Zona Norte da Capital.
O evento, cuja abertura oficial ocorrerá no domingo, dia 10, está sendo promovido pelo Instituto Florestal, órgão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e a Associação de Bolsistas da Agência de Cooperação Internacional do Japão – ABJICA. É um passeio para toda a família, pois nesse dia, além da florada das 50 cerejeiras plantadas no Arboreto Comemorativo dos 500 Anos do Brasil, haverá também apresentações de danças tradicionais japonesas e “taikôs” (tambores) no palco do Horto Florestal e venda de pratos típicos e oficinas de “origamis” (dobraduras em papel), a cargo de entidades nipo-brasileiras da Zona Norte.
Quem preferir, poderá apreciar as cerejeiras com calma durante a semana, acompanhando os monitores que vão contar, também, aspectos interessantes das cerca de 50 espécies nativas como o pau-brasil, calvário, palmito jussara e outras, que compõem o arboreto. Para o pesquisador científico do Instituto Florestal, Guenji Yamazoe, o festival tem um propósito maior do que apenas mostrar a beleza das cerejeiras. “A nossa proposta é também educacional mostrando a nossa relação com o meio ambiente”, explicou.
Segundo Yamazoe, a florada das cerejeiras, que representa a chegada da primavera, é muito apreciada no Japão, fazendo as famílias programarem passeios por ruas, praças e parques, fazendo piqueniques à sombra dessas árvores. Esse costume é conhecido como “hanami”, que significa contemplar as flores.
A cerejeira cultivada no Horto Florestal é da espécie “Himalaia” que, no Brasil, devido ao clima, floresce no inverno, alcançando o auge por dois ou três dias, no período em que acontece o festival. Depois, as flores começam a cair. O cultivo das cerejeiras é ornamental, pois seus frutos não são comestíveis e a madeira não se presta para a fabricação de móveis ou para construção. São árvores que crescem rápido, como o pau-brasil e muitas outras espécies.
Yamazoe afirma que: ‘Esta é mais uma oportunidade para desmistificar a idéia de que para replantar árvores e recompor um bosque são necessários 200 anos. Na realidade, em cinco anos, espécies como essas podem atingir até 15 metros de altura’.
Assessoria de Imprensa da Secretaria do Meio Ambiente
M.J.
