A Secretaria do Meio Ambiente do Estado, por intermédio do Instituto de Botânica, vai realizar o lançamento oficial da publicação ‘Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo – Volume 3’, nesta sexta-feira, dia 7 de maio, às 9 horas, no Jardim Botânico de São Paulo, localizado na Avenida Miguel Estéfano, 3.687, na Água Funda. Os dois volumes anteriores, também contendo monografias que resultaram do trabalho de 300 pesquisadores de vários Estados brasileiros e de outros países sobre as plantas que florescem no território paulista, foram publicados em 2001 e 2002.
As publicações fazem parte de um projeto iniciado em 1993, que tem como objetivo principal propiciar o conhecimento da alta diversidade florística em uma área relativamente pouco visitada pelos botânicos, que percorreram o Brasil em diferentes períodos. Além de favorecer a publicação de monografias com o relato das diversas espécies estudadas, servindo como base para o conhecimento e preservação de uma rica diversidade, atualmente com aproximadamente 7.500 espécies em 1.500 gêneros e 180 famílias, o projeto patrocinado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP é responsável também pela ampliação das coleções e o fortalecimento da infra-estrutura dos herbários brasileiros, além de contribuir para a formação de novos taxonomistas em diferentes níveis.
O terceiro volume foi coordenado por Maria das Graças Lapa Wanderley, George John Shepherd, Ana Maria Giulietti e Therezinha Sant’Anna Melhem, com a colaboração de 38 autores das monografias que tratam de 25 famílias, com 109 gêneros e 455 espécies. As descrições apresentadas trazem o nome científico da espécie, sinônimos, nomes populares, ilustração e distribuição geográfica, época de floração e frutificação, entre outras informações relevantes.
Graças aos intensivos trabalhos de campo, propiciados pelo projeto, algumas espécies muito raras e outras consideradas extintas no Estado puderam ser novamente amostradas. Da mesma forma, os levantamentos permitiram que um número considerável de espécies tivesse sua ocorrência registrada pela primeira vez em São Paulo.
Entre as espécies descritas encontram-se exemplares com valores medicinais, alimentícios e ornamentais, assim como as produtoras de madeira. As monografias descrevem famílias de lauráceas, com 91 espécies conhecidas de árvores de madeiras nobres, como as canelas e imbuias; gesneriáceas, com 52 espécies, caracterizadas como ornamentais, como a rainha-do-abismo e o peixinho; a passifloraceae, com 38 espécies, conhecida pelos diversos tipos de maracujás, com alto valor alimentício, ornamental e medicinal; e as meliáceas, como cedro-rosa e canjerana, muito usadas na fabricação de móveis, lambris e laminados.
O projeto todo prevê a publicação de 16 volumes e os livros estarão a venda durante o evento de lançamento ao custo de R$ 50,00 (volume III) e R$ 45,00 (cada um dos volumes anteriores). O pacote com os três volumes sai por R$ 120,00. A distribuição está sendo feita pela editora Rima, cujo endereço na internet é www.rimaeditora.com.br
Eli Serenza, da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente
