‘Perspectivas do Instituto de Botânica para o futuro’ será o tema do encontro que a instituição realizará de 8 a 11 de outubro de 2002, com o objetivo de promover atualização científica e proporcionar intercâmbio entre profissionais da área. A comissão organizadora da 9ª Reunião Anual do Instituto de Botânica foi instituída pela portaria IBT/05 2002 publicada na edição do Diário Oficial desta terça-feira, dia 16.
Este ano, o evento contará com cinco mesas redondas, 17 palestras, quatro conferências, exposição de trabalhos científicos sob a forma de painéis, visita monitorada ao Jardim Botânico, atividades culturais, cursos e exposição de produtos. A comissão organizadora está definindo temas e deve fechar o programa até o final deste mês.
O Instituto publicará um livro com resumos dos trabalhos apresentados e fará, como nas reuniões anteriores, uma avaliação do que foi realizado no último ano.
Abertas ao público, essas reuniões permitem intercâmbio de informações acadêmicas e técnico-científicas entre os participantes e a divulgação de pesquisas, instituições, serviços e produtos ligados à área.
Flora paulista
Com mais de 50 anos de atividades, o Instituto de Botânica realiza pesquisa científica nas diversas áreas do segmento em que atua. São trabalhos que se estendem desde a busca de conhecimentos básicos sobre a biodiversidade dos ecossistemas até o desenvolvimento de tecnologia para fins de conservação e recuperação do meio ambiente, principalmente através de projetos integrados ou temáticos (como o Genoma).
A sede da instituição fica no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, no bairro da Água Funda, na capital paulista, que abriga também a reserva biológica da instituição e o Jardim Botânico. Com 360 mil m² de áreas verdes, o Jardim Botânico é um grande observatório com coleções de plantas nativas e exóticas. Esta reserva protege animais selvagens como macacos, bichos-preguiça, ouriços, gambás, tucanos, maritacas, garças e outros, que vivem soltos na área.
O Instituto de Botânica possui duas outras unidades de conservação, que representam os principais biomas do Estado: mata Atlântica (Reserva Biológica de Paranapiacaba) e cerrado (Reserva Biológica e Estação Experimental de Mogi Guaçu). É responsável também pelo Herbário Científico do Estado ‘Maria Eneyda P. Kauffman Fidalgo’. Com mais de 350 mil exsicatas – plantas secas para estudos – documentando a flora brasileira, o herbário está entre os
três maiores do Brasil em número de espécies catalogadas e é um dos principais documentários da biodiversidade da flora brasileira, com representantes de todos os grupos vegetais.
Além dos estudos e pesquisas em áreas de vegetação, o Instituto Botânico desenvolve projetos educacionais em meio ambiente para todos os setores da sociedade, visando a conscientização em relação à preservação e à recuperação ambientais e à melhoria da qualidade de vida. Também monitora perturbações em ambientes alterados, aquáticos e terrestres e propõe medidas que visem à recuperação e a remediação de ambientes alterados.
Unidades de conservação do Instituto de Botânica
Endereço: Rodovia Deputado Antonio Adib Chamas (SP 122), Km 51 – Santo André.
Reserva Biológica e Estação Experimental de Mogi-Guaçu
Com área de 470 hectares, essa reserva é parte da antiga Fazenda Campininha, localizada em Mogi-Guaçu (SP). É oberta predominantemente por cerrado, com variações do cerradão ao campo, possuindo também matas ciliares. Foi dividida em cinco setores, dois deles destinados à pesquisa não perturbatória, dois à pesquisa perturbatória e o último às atividades de ensino.
Endereço: Rua Joaquim Cipriano de Carvalho, s/n.º – Bairro Martinho Prado Júnior – Mogi-Guaçu.