O secretário do Meio Ambiente, Professor José Goldemberg, participou da abertura da 12ª Conferência Geral da IAU (Associação Internacional de Universidades, da sigla em inglês), instituição filiada à UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura), apresentando a palestra ‘O desafio do Desenvolvimento Sustentável: a Função da Educação Superior’, dentro do tema ‘A Riqueza da Diversidade: O Papel da Universidade na Promoção do Diálogo e do Desenvolvimento’.
No evento, encerrado nesta quinta-feira, dia 29, estiveram reunidos representantes de cerca de 400 universidades de 90 países, no Centro de Convenções Rebouças, para refletir e debater a posição da universidade no mundo globalizado.
Em sua explanação, o secretário afirmou que o ponto inicial a se considerar com relação ao desenvolvimento sustentável é que se trata de um desenvolvimento duradouro, estimando que um horizonte de 50 anos é um período de tempo que pode realisticamente ser considerado nesse contexto.
Na sua apresentação, o professor exibiu dados numéricos da atual situação do consumo de energia no mundo. Da energia utilizada pelo bloco dos países desenvolvidos, considerando uma população de 1,34 bilhões de habitantes, 81% é proveniente de combustíveis fósseis, sendo 42% de óleo, 21% de gás natural e 18% do carvão. O restante da energia necessária por esse bloco provém de usinas nucleares (9%), hidrelétricas (6%) e de tecnologias com uso de biomassa (4%).
No caso dos países em desenvolvimento, com uma população de 4.56 bilhões de habitantes, a porcentagem de combustível fóssil utilizada é de 70%, sendo 33% de óleo, 25% de carvão e 12% de gás natural. Ainda utilizam 22% de energia proveniente de biomassa, 7% de hidrelétricas e 1% de energia nuclear.
Goldemberg chamou a atenção para a diferença nas estratégias visando dirigir o sistema energético presente para uma direção mais sustentável, no caso dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Segundo Goldemberg, os países industrializados devem propiciar a eficiência no uso da energia, aumentar a contribuição das fontes renováveis e desenvolver novas tecnologias energéticas, sendo que os países em desenvolvimento devem investir na modernização das tecnologias para o uso da biomassa.
Da Assessoria de Imprensa da Secretaria do Meio Ambiente/Renata Egydio/ L.S
