Da Agência Imprensa Oficial
A Fundação Florestal, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, está distribuindo roteiro para a elaboração de projetos de produção de mudas e recuperação florestal para o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro). O objetivo é auxiliar prefeituras, universidades, organizações não-governamentais e entidades interessadas em obter financiamentos do Fehidro para estruturar viveiros florestais de recomposição de matas ciliares.
Desde 1997, a Fundação Florestal já analisou mais de 80 pedidos de financiamento. Em 2002 foram emitidos 47 pareceres técnicos que resultaram na aprovação de 18 novos contratos, objetivando o reflorestamento de 380,44 hectares e a produção de 653.610 mudas.
Recursos do Fehidro
Segundo a diretora-executiva da Fundação Florestal, Antonia Pereira de Avila Vio, o roteiro auxilia as instituições a aplicar de modo correto os recursos do Fehidro. ‘A publicação informa a respeito das questões operacionais e ambientais, como a conservação de águas e florestas. E consolida a linha adotada de priorizar a difusão de informações técnicas’, relata.
No início de abril, a instituição voltou a editar a revista Florestar Estatístico e, no final do ano passado, reformulou sua página na Internet. O site disponibiliza o roteiro de elaboração de projetos e endereços de 70 viveiros florestais instalados no Estado.
O roteiro recomenda antes de projetar um novo viveiro para produção de mudas, que o proponente identifique a demanda e a capacidade de atendimento de outros produtores já instalados na região.
Recuperação florestal
Até bem pouco tempo, interessados em recompor matas ciliares iniciavam projetos com a construção de viveiros devido à pequena oferta de mudas de espécies nativas. Hoje, há estabelecimentos estruturados para atender a essa necessidade, a maioria com capacidade ociosa. A diretora lembra que os projetos apresentados ao Fehidro não podem estar desvinculados da destinação final, que é a recuperação florestal.
O roteiro respeita a Resolução 021/01, da Secretaria do Meio Ambiente. Ela estabelece como número mínimo de espécies um total entre 30 e 80 espécies distintas, de acordo com as dimensões da área a ser recuperada. Prevê ainda que as operações de manutenção, como controle de formigas e de plantas invasoras, deverão se estender por um período mínimo de 18 meses contados a partir da data do plantio.
A criação do roteiro
O roteiro nasceu a partir de alertas de pesquisadores sobre o insucesso de reflorestamentos destinados à recomposição de matas nativas no território paulista. A causa identificada foram a reduzida diversidade vegetal e a predominância de espécies de ciclo de vida curto. Eles apontaram também a ausência de tratos culturais, necessários após o plantio para garantir o desenvolvimento das plantas.
Serviço:
Fundação Florestal – www.fflorestal.sp.gov.br
Correio eletrônico – fflorest@uol.com.br
Mais informações pelo telefone (11) 6997-5000
(LRK)