Já se faz notar em meio à vegetação o amarelo radioso dos ipês, em sua segunda florada, nos jardins do Projeto Pomar às margens do Rio Pinheiros. O nome científico dos ipês é “Tabebuia chrysotricha” e popularmente conhecido como ipê-amarelo, ipê-tabaco, ipê-amarelo-cascudo, ipê-do-morro, ipê-amarelo-paulista e pau-d’arco-amarelo. Este último nome pelo fato de sua madeira ser utilizada na confecção de arcos, pelos índios.
O ipê-amarelo, que exibe suas flores nesta época do ano, é uma espécie nativa encontrada em áreas de matas ciliares em todo o território nacional, excluindo a região Amazônica. Ele possui diversas variedades adaptadas às condições de cada bioma.
A árvore floresce geralmente nos meses de agosto e setembro, com a planta despida de folhagem. Produz grande quantidade de sementes que, além do peso extremamente reduzido – cerca de 86 mil sementes por quilograma -, tem a característica de serem aladas, favorecendo amplamente a disseminação pelo vento.
Para proceder ao plantio, deve se colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea. Em seguida, deixá-los ao sol para completarem a abertura e a liberação de sementes. O desenvolvimento das mudas transplantadas para embalagem individual é bastante rápido, ficando prontas para plantio no local definitivo em menos de cinco meses. Já no campo, seu desenvolvimento é apenas moderado, podendo alcançar 3,5 m em dois anos.
Dotada de copa globosa e densa, o ipê-amarelo é muito cultivada em praças e ruas de nossas cidades, sendo particularmente útil na arborização de ruas estreitas e sob redes elétricas em virtude de seu pequeno porte – de 4 a 10 m -, com grande capacidade de resistência e durabilidade mesmo em condições adversas.
Sua madeira, de peso moderado, é indicada para obras externas, como postes, peças para pontes, tábuas para cercas, currais e haras, assim como para obras internas como tacos e tábuas para assoalhos, rodapés e molduras.
Desde a sua implantação, em setembro de 1999, o Projeto Pomar trabalha na recuperação ambiental e paisagística das margens do Rio Pinheiros. Já foram promovidos o plantio de cerca de 500 mil mudas de plantas de diversas espécies, criando uma bela paisagem ao longo dos 28 km do Pinheiros.
Da Assessoria de Imprensa da Secretaria do Meio Ambiente/Wanda Carrilho/L.S.
