Meio Ambiente: Estudo associa a evolução das aves às transformações do planeta

Estudo poderá dimensionar o risco de extinção das espécies

qua, 02/10/2002 - 19h16 | Do Portal do Governo

Leia a matéria completaAs aves tipicamente brasileiras começaram a surgir há 76 milhões de anos. Nessa época, quando a separação entre os blocos continentais que formariam a América do Sul, a África, a Austrália e a Antártica estava praticamente concluída, as espécies que antes compartilhavam o mesmo território primitivo isolaram-se. E então se intensificou o processo de diferenciação que levou, na América do Sul, aos atuais papagaios, periquitos e araras. Além de contar a história das aves brasileiras por meio da análise da molécula de ácido desoxirribonucléico, o DNA, um grupo de biólogos coordenados por Anita Wajntal, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), analisou as possibilidades de sobrevivência das atuais populações de aves, em especial as ameaçadas pelo comércio ilegal e o desmatamento, e indica quais correm realmente risco de extinção.

Para chegar a esses resultados, os pesquisadores avaliaram as populações de aves por meio do grau de variação das características genéticas de cada espécie, a chamada variabilidade genética – quanto mais elevada, maior a chance de manutenção de um grupo, pois maior a capacidade de adaptação às mudanças do ambiente. Às vezes, uma espécie de distribuição ampla, mas formada por populações de pouca variabilidade genética, pode correr o mesmo risco de extinção que espécies de distribuição mais restrita. É o caso da arara-canindé ( Ara ararauna ), com um índice de similaridade genética tão alto (0,31) quanto o das espécies mais ameaçadas, como a arara-azul ( Anodorhynchus hyacinthinus ).

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