Meio Ambiente: Estação móvel vai medir concentração de ozônio no Horto Florestal

Objetivo da pesquisa é criar metodologia para prever ocorrência de ozônio em SP

qui, 07/10/2004 - 12h50 | Do Portal do Governo

O Setor de Telemetria da CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – já está divulgando os dados sobre a qualidade do ar gerados por um laboratório móvel instalado no Parque Estadual Alberto Loefgren, antigo Horto Florestal, situado na Zona Norte da cidade de São Paulo.

A Estação Horto analisa a concentração de ozônio (O3) e óxidos de nitrogênio (NOx), que são os poluentes precursores do ozônio, além de parâmetros meteorológicos como temperatura, umidade, radiação, direção e velocidade dos ventos. A instalação dessa estação faz parte do projeto ‘Desenvolvimento de Tecnologia Para Previsão de Ozônio na Baixa Atmosfera’, que a CETESB está desenvolvendo em conjunto com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – USP, com o apoio da FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

O projeto visa desenvolver tecnologia para previsão de teores de ozônio na atmosfera, que poderá ser utilizada tanto em serviços de previsão de níveis de poluição do ar, quanto na identificação dos principais agentes causadores.

O produto final será um conjunto de regras para a solução de problemas matemáticos, chamados algoritmos computacionais, que serão implementados pela Politécnica, para que seja possível prever a ocorrência de ozônio com a antecedência de 24 horas.

Este trabalho de coleta de dados se estenderá até junho de 2005, época em que as condições meteorológicas deixam de ser propícias para a formação desse poluente. A escolha do local levou em consideração estudo anterior realizado no Pico do Jaraguá, quando os técnicos perceberam que a concentração do ozônio é maior em áreas mais afastadas da cidade e com altitude mais elevada.

Ozônio

O ozônio é classificado como poluente secundário, porque não é emitido diretamente pelo escapamento dos veículos. Sua formação ocorre pela incidência de luz solar, que promove a quebra das moléculas de hidrocarbonetos liberados na queima de gasolina, diesel e outros combustíveis. Quanto maior a luminosidade, maior a porcentagem de quebra de moléculas na atmosfera. Essas moléculas, combinadas com o óxido de nitrogênio, também emitidos pelos veículos, formam o ozônio, considerado como o principal produto do ciclo fotoquímico.

É um gás tóxico, que provoca irritação dos olhos, nariz e garganta, envelhecimento precoce da pele, náusea, dor de cabeça, tosse, fadiga, aumento do muco, diminuição da resistência orgânica às infecções e agravamento de doenças respiratórias. Além disso, o gás tem forte ação corrosiva e reduz a vida útil dos materiais.

Os efeitos da exposição ao ozônio são mais pronunciados durante exercícios físicos, quando pode ocorrer uma sensível redução da capacidade respiratória. Por esta razão, em dias muito poluídos, não é recomendável praticar exercícios, principalmente entre 13h e 16h.

Da Assessoria de Imprensa da Cetesb

(LRK)