Meio Ambiente: Estação ecológica no Pontal do Paranapanema protege habitat do mico-leão-preto

Nova área de proteção foi criada por decreto do governo federal

qua, 17/07/2002 - 14h04 | Do Portal do Governo

Com a finalidade de proteger e conservar fragmentos de remanescentes de Mata Atlântica, mantendo o habitat do mico-leão-preto, foi assinado nesta terça-feira, dia 16, decreto da Presidência da República que cria a Estação Ecológica do Mico-Leão-Preto no Pontal do Paranapanema, com uma área de 5.500 hectares.

O mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus) figura entre as dez espécies de primatas mais ameaçadas em todo o mundo. A região da nova estação ecológica também constitui um dos últimos refúgios de outras espécies ameaçadas de extinção, como a onça-pintada (Panthera onca), a jaguatirica (Felis pardalis), a lontra (Lutra longicaudis) e o macuco (Tinamus solitarius).

A medida complementa a ação que o Governo do Estado desenvolve na região, onde mantém, há 61 anos, o Parque Estadual do Morro do Diabo. Com uma área de 33.853 hectares, essa unidade de conservação se caracteriza por uma elevação de 600 metros, que constitui um testemunho geológico do planalto ocidental, guardando ainda o que restou da vegetação que recobria o oeste paulista, inclusive a maior reserva natural de peroba-rosa do Estado, que abriga a última grande concentração de mico-leão-preto.

O governo paulista mantém, ainda, a Estação Ecológica dos Caetetus que, com seus 2.178 hectares no município de Gália, reúne ecossistemas característicos de Mata Atlântica alta de planalto, onde se mantêm a salvo, em uma paisagem rodeada por cafezais, mais de 108 espécies distintas de aves em extinção e outras dezenas de animais, como o porco do mato ou cateto, que dá o nome à reserva, jaguatiricas, queixadas, veados e mico-leão-preto que ali se multiplicam.

Criada há 26 anos, para salvaguardar uma floresta milenar, a estação ecológica, assim como o Parque do Morro do Diabo, possui infra-estrutura para atividades de pesquisa, educação ambiental e trilhas interpretativas monitoradas para ecoturismo. Os remanescentes de mata da região são mantidos sob constante monitoramento pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, para evitar ocupações que possam ameaçar os ecossistemas existentes, bem como a caça ou captura dessas espécies para revenda.