Meio Ambiente: Eritrinas, manacás e marianinhas mostram suas cores no Projeto Pomar

Flores de inverno podem ser vistas às margens do Rio Pinheiros

qui, 02/09/2004 - 19h41 | Do Portal do Governo

O florescimento de algumas espécies de plantas do Projeto Pomar, desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado (SMA), em parceria com a iniciativa privada, para promover a recuperação ambiental e paisagística das margens do Rio Pinheiros, constitui um presente para a Capital nessa época do ano.

Desde o início, em setembro de 1999, o projeto promoveu o plantio de 500 mil mudas de diversas espécies, arbóreas e arbustivas, emprestando um novo visual no trecho de 22 km nas duas margens do rio.

No trecho-piloto mantido pela SMA, onde se situa o maior conjunto de árvores nativas, está ocorrendo o enriquecimento do bosque com árvores frutíferas típicas da flora regional como o araçá, pitanga, cambuci, gabiroba e cereja-do-rio-grande, que constituem excelente fonte de alimentos para os pássaros.

Dentre as espécies que estão florindo no Pomar podemos citar a eritrina (erythrina speciosa) também conhecida como eritrina-candelabro e mulungu-do-litoral. Esta árvore ornamental, quando em flor, é bastante utilizada no paisagismo e na formação de cerca viva, graças à facilidade com que se reproduz a partir de estacas.

Por tratar-se de planta pioneira de rápido crescimento e adaptada a lugares muito úmidos, é recomendada para plantios mistos destinados à recomposição de áreas degradadas de preservação permanente.

Já a marianinha, conhecida cientificamente por Streptosolen jamesonii, é uma planta originária da Colombia e do Equador, que atinge de 1,20 a 1,50 m de altura, com florescimento muito vistoso por causa do tom alaranjado e brilhante. Cultivado em pleno sol, isoladamente ou em conjuntos em canteiros de terra bem estercados, o arbusto, de textura áspera ao tato, floresce com vigor em regiões subtropicais e possui efeito decorativo dificilmente igualado por outra planta.

O nana (Tibouchina mutabilis), planta nativa do Brasil, com diferentes denominações populares como manacá-da-serra, cuipeuna e manacá-da-serra-anão, é uma árvore de porte variável, alcançando de 2 a 4 m de altura, sendo muito ramificada e de florescimento vistoso. Exibe flores mutáveis, de início brancas, depois roxo-claras e finalmente roxo-escuras, formadas geralmente no período do inverno. Quando multiplicada através de mudas, promove uma planta mais precoce florescendo desde 0,50m de altura. O abacaxi tricolor, (Ananas bracteatus) é uma planta ornamental de tonalidade avermelhada, da família das bromélias.

Floresce no início do verão e demora aproximadamente 18 meses para atingir a maturidade. O fruto, comestível, de sabor ácido, é bastante apreciado para o preparo de sucos. Essa espécie de planta é típica das Américas, conhecendo-se apenas uma única espécie na África e nenhuma na Austrália.

A “Bulbine” (Bulbine frutescens) é uma planta resistente de pequeno porte de origem africana cultivada em regiões áridas. Encontrada nas tonalidades do amarelo ao alaranjado é bastante apreciada pelas abelhas porque produz nectar. Floresce durante o ano todo e foi introduzida no paisagismo por Roberto Burle Max.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria do Meio Ambiente/Wanda Carrilho