O sucesso do Projeto Pomar, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, pode ser constatado através do crescente interesse de alguns municípios do Interior do Estado em implantá-lo em suas cidades.
Isso se deve, segundo os próprios prefeitos, tanto pelo fato do projeto se concretizar em um belo e extenso jardim urbano, quanto pelo estímulo à reeducação ambiental – que tem proporcionado na capital – , e, principalmente, pela recuperação de áreas em processo de degradação.
Em alguns desses municípios, inclusive, já se encontra em andamento a implantação do Projeto Pomar, conforme pôde se comprovar no seminário realizado no último dia 20, na sede do CEPAM – Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal. O evento foi realizado na Cidade Universitária, em São Paulo, especialmente para apresentar o projeto a técnicos das prefeituras interessadas.
Em Osasco, por exemplo, entre o Rio Tietê e os Córregos Bussocaba e João Alves, já está florescendo o primeiro quilômetro desse tipo de jardim. Um detalhe interessante: para a irrigação das mudas, está sendo utilizado um sistema de reciclagem, do qual se aproveita a água de um córrego que, embora não sirva para o abastecimento público, oferece condições de ser usada para a irrigação.
A expectativa da maioria dos representantes de prefeituras, técnicos ambientais, engenheiros agrônomos e de reflorestamento, de municípios como Pacaembu, Itu, Itapecerica, Cruzeiro, Campo Limpo, Atibaia e Jundiaí, era a de buscar ajuda especializada ou orientação dos responsáveis pelo Pomar, visando aproveitá-las, de forma prática em suas respectivas cidades.
Entre esses técnicos, o maior objetivo é o da despoluição dos rios. E a curiosidade maior se concentra sobre as formas possíveis de efetivação dessa limpeza, quais os procedimentos adequados e como conseguir a própria reutilização da água dos córregos e rios envolvidos.
Eles também buscam parcerias com a iniciativa privada e mecanismos que estimulem o desenvolvimento da educação ambiental entre crianças e estudantes em geral. A intenção é disseminar por toda a comunidade, enfatizando a importância do meio ambiente e do paisagismo urbano para elevar seus próprios padrões de qualidade de vida.
A Coordenadora do projeto, Helena Carrascosa, lembrou outros benefícios, como a oferta de empregos e qualificação profissional a centenas de pessoas desempregadas, que devem ser analisados à luz da mobilização e participação popular em causas coletivas, destacando a forma voluntária como a população em geral tem procurado o Pomar, querendo de alguma forma ajudar.
Ela explica que, nesse tipo de empreendimento, que busca o resgate da cidadania e da auto-estima dos moradores dos centros urbanos, por meio dos cuidados com o meio ambiente, toda forma de apoio é bem-vinda, “o que é atestado pela grande aceitação popular do Projeto Pomar”.
Na opinião da coordenadora, o segredo da aceitação, está na possibilidade de todos poderem testemunhar, a cada dia que passa e a olhos nus, o retorno da vida e o avanço concreto do Projeto Pomar em plenas margens do Rio Pinheiros.
“Ali, o solo é tratado e trocado, viabilizando vida às plantas e sua grande variedade de flores, proporcionando-lhe um colorido durante o ano todo, e o que é mais importante, fornecendo suporte aos moradores que nele vivem (desde aves como quero-quero, bem-te-vis, rolinhas e sabiás, até grandes roedores como as capivaras, sem deixar de lado até mesmo um misterioso jacaré, que aparece de vez em quando) e que dão as boas vindas aos que passam pelas avenidas marginais”, diz Helena Carrascosa.
Renata Miki Yamasaki,
da Assessoria de Imprensa da Secretaria do Meio Ambiente
G.L.
