Meio Ambiente: Cidades da região metropolitana tratam o lixo de forma adequada

Estudo da Cetesb abrange 39 municípios que produzem por dia 11,5 mil toneladas de resíduo doméstico

sex, 07/03/2003 - 12h36 | Do Portal do Governo

Da Agência Imprensa Oficial e Assessoria de Imprensa da Cetesb


A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), vinculada à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, considera que 86% do lixo doméstico diário (9,8 mil toneladas) da região metropolitana de São Paulo são tratados de forma adequada. A área, composta por 39 cidades e 18 milhões de habitantes, gera 11,5 mil toneladas por dia.

Os dados fazem parte do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares – Relatório 2002, elaborado pela Cetesb. Os números revelam que os municípios mais populosos da Grande São Paulo estão encontrando soluções corretas para os resíduos domésticos. Dezenove das 39 cidades receberam pontuações entre 8 e 10 no Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR), enquadrando seus sistemas de tratamento de lixo como adequados.

Nos demais municípios, cinco operam tratamento em condições controladas, com pontuações entre 6 e 8. Quinze têm trabalho classificado como inadequados, recebendo entre zero e 6 pontos. São municípios de menor porte, com menos geração de resíduos, fatos que explicam a média de 6,6 do IQR.

O índice é obtido a partir do levantamento de técnicos da Cetesb, que estudam as características estruturais e operacionais dos sistemas de tratamento de lixo. Levam em consideração a população urbana e a produção per capita de resíduos de cada cidade. O trabalho, realizado desde 1997, permite comparar e aferir as ações de controle efetuadas, sendo útil na determinação de programas na área.

As 10 milhões de pessoas da capital produzem diariamente 6,9 mil toneladas de lixo doméstico. É o maior volume da região. A seguir, vêm Guarulhos (751 toneladas), São Bernardo do Campo (488), Osasco (460) e Santo André, com 458 toneladas.

Para cuidar do lixo, a prefeitura de São Paulo opera aterros sanitários. No Bandeirante são tratadas 3,7 t e no São João 3,2 t todos os dias. Com este trabalho, o município obteve 8 pontos no IQR. Guarulhos e Osasco, que também possuem sistemas próprios, obtiveram 9,4 e 7,4 pontos, respectivamente. São Bernardo do Campo (9,7 pontos) e Santo André (9,3) buscaram solução conjunta com Mauá, levando os resíduos para o aterro de Sertãozinho.

O inventário da Cetesb registra presença de 289 catadores nos “lixões” da região metropolitana. Catorze dessas pessoas são menores de 14 anos. A atividade ocorre nos municípios com sistemas inadequados e com IQR inferiores a 6 pontos. A situação mais grave é a de Mogi das Cruzes, onde foram encontrados 120 pessoas que sobrevivem do lixo.

Nas demais cidades, os números deles são estes: Itapevi (50), Santana do Parnaíba (45), Cotia (20), Francisco Morato (20), Franco da Rocha (20), Vargem Grande Paulista (10, entre eles 3 menores de 14 anos) e Pirapora do Bom Jesus, com quatro pessoas.

Interior também

No interior do Estado, 45,1% dos municípios operam aterros de lixo doméstico em boas condições. Até 1999, eram 28,5%. Em situação controlada, o inventário da Cetesb registra 25,1% e de forma inadequada, 29,8%. Os números também indicam evolução no tratamento de resíduos, pois em 1999 as porcentagens estavam em 21,2% e 50,4%, respectivamente.

Quando a Cetesb iniciou o trabalho de avaliação em 1997, os indicadores no interior apontavam situações críticas: 77,8% das cidades operavam aterros de forma inadequada, 18% de forma controlada e apenas 4,2% tinham tratamento considerado conveniente.

(AM)