Meio Ambiente: Cetesb revela situação da qualidade do ar no Condomínio Barão de Mauá

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qua, 17/07/2002 - 17h14 | Do Portal do Governo

A qualidade do ar no Condomínio Residencial Barão de Mauá, localizado no Parque São Vicente, no Município de Mauá, em cujo subsolo foi constatada a existência de resíduos industriais perigosos, que provocavam emanações de gases com elevado grau de explosividade e toxicidade, não apresenta hoje diferenças relevantes em relação à área externa tomada como referência.

Toda a área do condomínio tem sido alvo de intensas ações de fiscalização e monitoramento da Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, após a constatação, há cerca de um ano, da grave contaminação do solo abaixo de alguns dos edifícios de apartamentos, por substâncias como o benzeno (considerado cancerígeno), clorobenzeno, trimetilbenzeno e decano, entre outras substâncias tóxicas.

Segundo relatório da Cetesb, apresentado nesta semana aos condôminos, não há evidências de fontes significativas de compostos orgânicos voláteis químicos na área residencial. Avaliações em apartamentos habitados revelaram que as concentrações de benzeno que, dentre os compostos analisados, é o que apresenta maior risco à saúde, são similares às encontradas na área externa do condomínio, o mesmo ocorrendo com os componentes trimetilbenzeno e o clorobenzeno. Apenas as concentrações de n-decano/1,2,4-trimetilbenzeno foram ligeiramente superiores aos valores encontrados nos ambientes externos.

Exigências

Além da avaliação da qualidade do ar, implantação de sistemas de extração e tratamento de gases e avaliação ambiental da área, com o levantamento geofísico e elaboração de laudos analíticos que foram exigidas na primeira fase de controle, a Cetesb impôs novas exigências a serem cumpridas no prazo de 30 a 60 dias.

Nos edifícios construídos na área de deposição de resíduos ou que se encontram sobre as plumas mais concentradas de substâncias orgânicas voláteis, a SQG deverá, entre outras medidas, inspecionar e reforçar a vedação nas tubulações de água, eletricidade, telefonia e esgoto, bem como nos pisos do andar térreo, além do piso e paredes dos poços dos elevadores.

O sistema de extração de gases deverá revisado e ampliado, reforçando as tubulações, especialmente nas juntas, além de providências como o reposicionamento dos ventiladores para uma melhor eficiência.

A Cetesb exigiu, ainda, um novo estudo para o acompanhamento dos níveis de concentração dos poluentes já monitorados, com um total de 55 amostragens, além de novas pesquisas para o adequado diagnóstico da qualidade do ar no condomínio.

Osmar Soares e Newton Miura
Da Secretaria do Meio Ambiente