As praias do litoral paulista que apresentaram grande variação nos índices de balneabilidade em 2002, segundo análises efetuadas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, por intermédio da CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, serão monitoradas de forma mais intensiva durante o mês de janeiro de 2003.
Dessa maneira, para garantir a qualidade do banho de milhões de veranistas, a CETESB passou a realizar desde o último domingo, dia 5, três coletas semanais ao invés de uma, que é o habitual. Esse procedimento é adotado desde 1997, selecionando-se algumas praias onde a coleta de amostras de água, feita normalmente aos domingos, é repetida também às quartas e aos sábados, até o final do mês de janeiro. Além da atualização no site da SMA, os resultados dessas análises são divulgados pelo serviço Disque-Meio Ambiente e pelas bandeiras colocadas nas praias.
No total, 44 praias distribuídas pelo Litoral Norte, Baixada Santista e Litoral Sul, estão sendo monitoradas três vezes por semana. São elas: Picinguaba, Iperoig, Itaguá, Vermelha e Perequê-Mirim, no município de Ubatuba; Capricórnio, Martim de Sá, Centro, Indaiá, Pan Brasil, Palmeiras e Porto Novo, em Caraguatatuba; Cigarras, São Francisco, Arrastão, Pontal da Cruz, Porto Grande e Guaeçá, na cidade de São Sebastião; Sino, Siriúba, Saco da Capela, Itaguaçu, Perequê, Feiticeira e Grande, em Ilhabela; Enseada, no município de Bertioga; Perequê e Pitangueiras, no Guarujá; Itararé, Praia da Ilha Porchat e Gonzaguinha, em São Vicente; Boqueirão, Guilhermina, Ocian, Vila Caiçara e Balneário Flórida, na Praia Grande; Central, Vera Cruz e Santa Eugênia, em Mongaguá; Parque Balneário, Centro e Estância Balneária, em Itanhaém; e a praia de Peruíbe.
A escolha das praias ocorreu devido a inconstância dos seus resultados nos Boletins de Balneabilidade das Praias durante o ano de 2002. Praias com balneabilidade estável – imprópria ou própria – têm chances menores de apresentar variações, já aquelas com resultados inconstantes, a CETESB intensifica o monitoramento durante o período critico de verão.
Segundo a bióloga Claudia Lamparelli, gerente do Setor de Águas Litorâneas, a fase mais crítica é a primeira quinzena do mês de janeiro, época de intenso turismo. ‘Se a cidade não tiver uma boa infra-estrutura, com um sistema de esgoto seguro, a possibilidade de uma piora na balneabilidade é grande’, explica.
O trabalho da CETESB, para avaliação da qualidade das águas das praias, consiste em análises semanais, que ilustram os boletins de balneabilidade. Os parâmetros de análise atendem às especificação da Resolução CONAMA 274/00, que define critérios para a avaliação de águas destinadas à recreação de contato primário.
Da Secretaria de Estado do Meio Ambiente
(R.K.)
