Meio Ambiente: Cetesb divulga serviço de previsão de incidência de raios ultravioleta

Excesso de exposição aos raios ultravioletas pode causar graves prejuízos à vida na Terra

seg, 03/01/2005 - 17h48 | Do Portal do Governo

O excesso de exposição aos raios ultravioletas, emitidos pelo Sol, pode causar graves prejuízos à vida na Terra. Seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde – OMS, o CPTEC – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, desenvolveu uma página na Internet, que é atualizada diariamente e informa o Índice Ultravioleta – IUV nos 5.559 municípios brasileiros.

A preocupação com o excesso de radiação solar sobre a Terra, decorrente da redução da camada de ozônio na estratosfera, levou a Secretaria do Meio Ambiente, por intermédio da CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, a criar um projeto de cooperação com o CPTEC, para a realização de estudos sobre os fenômenos envolvendo ozônio, radiação UV e seus efeitos sobre a saúde humana.

Ao mesmo tempo, a equipe técnica da agência ambiental paulista considera de fundamental importância alertar a população sobre a necessidade de se proteger desses raios. Seguindo esse objetivo, a empresa acaba de disponibilizar no site o ‘link’ Radiação UV: Ozônio e Saúde Humana, para que os usuários tenham acesso às informações sobre os níveis de radiação ultravioleta, produzidas pelo CPTEC.

Há pouco tempo, os alertas sobre o excesso de exposição à radiação solar eram feitos em termos de tempo de exposição segura sob o Sol, para cada tipo de pele. No entanto, os estudiosos perceberam que essa informação levava a interpretações errôneas. Já a escala IUV é uma informação que serve de alerta para qualquer indivíduo, não devendo ser usada para determinar o tempo de exposição, mas sim os perigos oferecidos pela radiação UV. A OMS pretende popularizar essa escala para que as pessoas se conscientizem dos efeitos nocivos do excesso de exposição à radiação solar.

De acordo com as recomendações da OMS, os valores da escala devem ser agrupados em categorias de intensidade da radiação:
– menor do que 2 = baixo
– entre 3 e 5 = moderado
– entre 6 e 7 = alto
– entre 8 e 10 = muito alto
– maior do que 11 = extremo
Quando o índice for menor do que 2, nenhuma precaução será necessária e o indivíduo poderá permanecer ao Sol o tempo que desejar. A faixa entre 3 e 7 requer precauções como procurar um local à sombra, principalmente em horário próximo ao meio-dia, e usar boné e protetor solar. Quando o índice for superior a 8, as medidas de proteção deverão ser extremas, como evitar o sol ao meio-dia, permanecer na sombra, usar camiseta, boné, óculos de sol com proteção UVB e protetor solar.

Os danos causados pela exposição à radiação ultravioleta vão desde a costumeira queimadura da pele, passando por fotoalergias, envelhecimento cutâneo e podendo chegar ao câncer de pele, catarata e cegueira.

O cálculo do IUV é obtido considerando informações sobre a concentração de ozônio, posição geográfica da localidade, altitude da superfície, hora do dia, estação do ano, condições atmosféricas e tipo de superfície (areia, neve, água, concreto etc.).

Esses dados constituem os parâmetros de entrada no modelo computacional utilizado para os cálculos. O sistema de computação é alimentado, ainda, por informações derivadas dos satélites Meteosat e Goes, da rede de dados da Organização Meteorológica Mundial (WMO) e das redes nacionais, sob a responsabilidade dos ministérios da Agricultura, Aeronáutica e Marinha.

Além do índice UV para cada cidade brasileira, ao acessar o site o usuário poderá obter mais informações acerca dos efeitos da radiação UV sobre olhos e pele, dicas fundamentais para proteção, tipos de pele, protetores solares e bronzeamento artificial, entre outras informações.