Meio Ambiente: Cetesb divulga levantamento de áreas contaminadas no Estado

Outro setor que ganhou destaque na relação de áreas contaminadas foi o das bases de petróleo

qua, 29/10/2003 - 15h26 | Do Portal do Governo

O Estado de São Paulo tem 727 áreas contaminadas, de acordo com o novo levantamento da CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, atualizado até o início de outubro de 2003.

O Sistema de Cadastro das áreas contaminadas, uma das ferramentas empregadas pela agência ambiental paulista no gerenciamento dessas áreas, teve atualizadas as informações referentes à situação das 255 áreas contaminadas incluídas na relação anterior – a primeira a ser divulgada pela Secretaria do Meio Ambiente, em maio de 2002 – , acrescidas dos dados de mais 472 casos confirmados de contaminação em todo o Estado. O novo relatório já está disponibilizado nos sites da Secretaria e da CETESB www.cetesb.sp.gov.br).

Apesar do aumento do número de áreas contaminadas, verificou-se entre maio de 2002 e outubro de 2003, um acréscimo significativo no número de áreas com proposta de remediação, ou com remediação em andamento, de 145 para 312, respectivamente. Podem ser citados, entre os casos com processo de remediação já em andamento, as áreas ocupadas pela Esso Brasileira de Petróleo Ltda., localizada no bairro da Mooca, em São Paulo, o terreno que era ocupado pela Favela Paraguai, na Vila Prudente, também na Capital, e uma área da Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda., em Sumaré.

Em relação às áreas com remediação concluída, destacam-se o local atingido por um acidente com derramamento de produtos químicos no Anel Viário de Piracicaba e, na zona leste de São Paulo, o terreno onde se verificou lançamento de resíduos sólidos da BASF, indústria química, no bairro Iguatemi, além do local denominado “PI-6”, em São Vicente, onde houve deposição de resíduos da Rhodia.

Postos de gasolina

Os postos de gasolina, ou “postos de combustíveis”, novamente têm destaque na lista das áreas contaminadas, desta vez com 464 casos registrados, com um aumento de participação, em relação ao total de fontes de contaminação, de 53% (da relação anterior) para 63% (atual).

Esse fato deve-se ao licenciamento ambiental dos postos, tornado obrigatório por resolução federal em janeiro de 2001 e que no Estado de São Paulo é de responsabilidade da Companhia, o que lhe tem possibilitado receber, de forma mais ágil, as informações necessárias a respeito desses estabelecimentos, constatar os eventuais vazamentos e proceder a um diagnóstico geral, assim como identificar os casos que se enquadram como áreas contaminadas. As estimativas feitas no início do processo de licenciamento ambiental eram de que há cerca de 8 mil postos no Estado, sendo em torno de 2 mil só na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).

Outro setor que ganhou destaque na relação de áreas contaminadas foi o das bases de petróleo, que também teve uma ação de controle específica por parte da CETESB no ano passado e neste ano, o que possibilitou um maior fluxo de informações e também uma maior facilidade e agilidade para a identificação dos locais com problemas.

A capital do Estado é a que, na nova lista, registra o maior número de contaminação causada por vazamentos em postos de gasolina (250), assim como de áreas contaminadas no geral, sendo 312 no total, somando as atividades industriais” (28), “comerciais” (19), “disposição de resíduos” (14) e “outros” – contaminações por acidentes ferroviários, rodoviários, em dutos e atividades de serviço – (1), além dos postos.

A RMSP (excetuando-se a capital) é a segunda colocada no “ranking”, com 167 áreas contaminadas, seguida do Interior, com 150, Litoral, com 79 e Vale do Paraíba, 19. Em todo o Estado, na totalização por atividades, além dos 464 no item “Postos de Combustível”, são 162 áreas contaminadas no item “Industrial”, 48 no “Comercial”, 40 no “Disposição de Resíduos” e 13 no “Outros”.

Veja os quadros apresentados a seguir, revelando a distribuição das áreas contaminadas cadastradas no Estado, por tipo, localização e estágio de atendimento de acordo com a sistemática de gerenciamento adotada pela CETESB e, ainda, permitindo um comparativo com os dados divulgados em 2002.

Da Assessoria de Imprensa da Cetesb/L.S.