Meio Ambiente: Cetesb comemora 35 anos de atividades no controle da poluição

Solenidades serão realizadas nesta quinta-feira, dia 24

qua, 23/07/2003 - 10h16 | Do Portal do Governo

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria do Meio Ambiente


Em 24 de julho de 1968, o Governo do Estado criou o Centro Tecnológico de Saneamento Básico, cuja sigla – Cetesb – se tornaria referência no Brasil e no mundo, não somente por suas atividades de controle e fiscalização da poluição, desenvolvendo tecnologias para a recuperação e preservação do meio ambiente, como também pela excelência de seus laboratórios.

Para comemorar os 35 anos de atividades da Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, nesta quinta-feira, dia 24, foi organizada uma série de solenidades que se inicia com o hasteamento de bandeiras e a execução do Hino Nacional pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, às 9 horas. Em seguida, haverá uma sessão solene, às 10 horas, no Auditório Augusto Ruschi, com a apresentação de um vídeo sobre os fatos históricos registrados ao longo desses anos e depoimentos de ex-presidentes, além de homenagens aos funcionários que completaram 35 anos na CETESB.

As comemorações contarão com a participação do secretário do Meio Ambiente, professor José Goldemberg, e do atual presidente da empresa, Rubens Lara, além de outras autoridades.

A Cetesb

A história da instituição, desde a criação do Centro Tecnológico de Saneamento Básico, criado pelo Decreto 50.079, de 24 de julho de 1968, até a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, a Cetesb dos dias atuais, passa necessariamente pela Comissão Intermunicipal de Controle da Poluição das Águas e do Ar – CICPAA, que atuou, de forma pioneira no Brasil, em Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano e Mauá, desde agosto de 1960.

A CICPAA foi absorvida pela, então, Superintendência de Saneamento Ambiental – SUSAM, vinculada à Secretaria da Saúde. Foi com esta base que se criou o Cetesb, que mais tarde, em 1975, com novas atribuições, se transformaria na Companhia Estadual de Saneamento Básico e Defesa do Meio Ambiente, e em 1976, na Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, a atual Cetesb, vinculada em 1987 à Secretaria do Meio Ambiente do Estado.

A preocupação com a qualidade ambiental vem desde o início, em 1960, quando se começou a medir a qualidade das praias do Estado. São, hoje, 148 pontos de amostragem em 126 praias, cujos dados compõem o Boletim de Balneabilidade das Praias, emitido todas as semanas, que orienta a população quanto aos locais próprios ou impróprios para banhos.

Em 1974, começou também o monitoramento das águas interiores, cuja rede conta atualmente com 151 estações manuais, gerando valiosos dados que consolidam o Índice de Qualidade das Águas – IQA e subsidiam para a gestão dos recursos hídricos no Estado.

Um ano antes, em 1973, a Cetesb implantou uma rede de estações manuais para o monitoramento da qualidade do ar em São Paulo, constatando altas concentrações de poluentes atmosféricos. Em 1981, o monitoramento passou a ser automático, gerando dados horários por via telefônica por meio de 23 estações na Grande São Paulo e duas em Cubatão, além de duas estações móveis. Em 2000, a rede foi expandida para quatro municípios do Interior, num total de 29 estações fixas.

Ao lado desse trabalho rotineiro, mas que tem profundas implicações com o dia a dia e a qualidade de vida da população paulista, a CETESB dispõe de laboratórios para análises biológicas, químicas e físicas estruturados dentro das normas da NBR e da ISO/IEC 25, específica para esse tipo de atividade. Desde 1976, a Cetesb mantém acordo de cooperação com a Organização Mundial de Saúde – OMS para executar o controle de qualidade analítica, buscando resultados cada vez mais seguros e confiáveis.

Ações

Com um quadro de funcionários altamente especializado, a Cetesb desenvolveu ações pioneiras como a Operação Branca, em 1975, para o controle da poluição do ar por indústrias, atendendo prontamente a reclamações da população. Depois deflagrou a Operação Inverno para reduzir os índices de poluição atmosférica na Grande São Paulo e Cubatão, nos meses mais frios do ano, quando a dispersão de poluentes é dificultada pelas condições meteorológicas.

Desenvolveu ações específicas em Cubatão, que já foi considerada a cidade mais poluída do mundo por conta do pólo petroquímico; na Serra do Mar, cujas encostas, onde a vegetação foi seriamente afetada pela poluição em Cubatão, ameaçavam desabar; e em São Paulo, onde organizou a Operação Rodízio para reduzir a poluição veicular restringindo o uso de carros na cidade.

Situações de emergência são atendidas em todo o Estado, para evitar que derramamentos de produtos químicos, óleo, combustíveis e outros afetem o meio ambiente e a saúde da população. A ação do Setor de Atendimento a Emergência e Análise de Risco extrapolou o Estado, tendo sido solicitada por diversas vezes a atender ocorrências no Rio de Janeiro, Paraná. Minas Gerais e outros Estados.

Em julho, a pedido da Organização Panamericana de Saúde – OPAS, atendeu a uma emergência em Assunção, no Paraguai, onde um incêndio provocou a queima de dez toneladas de pesticidas, intoxicando mais de 800 pessoas e colocando em risco o ecossistema da região, especialmente o aquático, pois o Rio Paraguai corre na área urbana e drena para o Rio Paraná.

Com atuação marcada pelo vanguardismo, identificou em 1978 o vibrião do cólera, em Santos. A descoberta, confirmada depois pelo Instituto Adolfo Lutz, foi fundamental para as ações de prevenção de um surto da doença. Com o mesmo vanguardismo está introduzindo um novo conceito de gestão ambiental, incentivando a produção mais limpa por meio de estratégias de redução e eliminação de resíduos nas fontes geradoras, o que contribui também para a economia de energia, água e outros insumos.